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Estado de Minas MEIO-AMBIENTE

Será necessário R$ 1,1 bilhão para reflorestar a bacia do rio Doce

Fundação Renova deve reflorestar uma área acima de 40 mil hectares


postado em 10/05/2017 13:32

O rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Samarco, em 2015, devastou a bacia do rio Doce, incluindo a cidade mineira de Bento Rodrigues(foto: Rogério Alves/TV Senado/Divulgação)
O rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Samarco, em 2015, devastou a bacia do rio Doce, incluindo a cidade mineira de Bento Rodrigues (foto: Rogério Alves/TV Senado/Divulgação)
Estimativas da fundação Renova, ligada à mineradora Samarco, sugerem que o reflorestamento de uma área superior a 40 mil hectares na bacia do rio Doce terá o custo de aproximadamente R$ 1,1 bilhão, a serem investidos ao longo de 10 anos. Os trabalhos envolverão o plantio direto em mais de 10 mil hectares, enquanto nos demais 30 mil será conduzida uma regeneração natural. Cerca de 5 mil nascentes também devem receber o plantio de árvores no entorno.

A fundação Renova foi criada para gerir os programas ambientais vinculados à tragédia de Mariana (MG) ocorrida em novembro de 2015. Ela é mantida pela Samarco conforme previsto em acordo firmado entre a mineradora, suas acionistas Vale e BHP Billiton, o governo federal e os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo.

A tragédia de Mariana ocorreu após o rompimento de uma barragem pertencente à Samarco. Sessenta milhões de m³ de rejeitos de mineração foram liberados no ambiente, devastando vegetação nativa e poluindo a bacia do rio Doce. Comunidades também foram destruídas e 19 pessoas morreram. O episódio é considerado a maior tragédia ambiental do país.

Entre os compromissos assumidos pela mineradora no acordo firmado com o poder público, está a recuperação de 2 mil hectares de vegetação impactados na tragédia e, como medida compensatória, de outros 40 mil hectares degradados da bacia do rio Doce.

Até o momento, houve apenas ações pontuais numa região de 2 mil hectares afetada pela lama. O trabalho principal consistiu na revegetação inicial com gramíneas e leguminosas para combater a erosão e estabilizar o solo. De acordo com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o plantio definitivo de árvores nesta área deve se iniciar durante o período chuvoso deste ano, nos meses de setembro e outubro, época considerada mais adequada.

Mudas

O reflorestamento compensatório dos 40 mil hectares exigirá até 20 milhões de mudas nativas, sobretudo da Mata Atlântica. É o que prevê a fundação Renova, que começou no mês passado um levantamento dos viveiros existentes ao longo da bacia do rio Doce.

Somente o gasto com a compra das mudas é estimado em R$ 50 milhões. O mapeamento dos viveiros será feito em duas etapas. Inicialmente estão sendo reunidos dados como as localizações de cada um, tempo de atuação e listas das espécies produzidas. Num segundo momento, os viveiristas serão entrevistados sobre sua capacidade produtiva e detalhes técnicos.

(com Agência Brasil)

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