Desde que o zika vírus, transmitido pelo Aedes aegypti, passou a ser associado ao nascimento de bebês com microcefalia, a venda de repelentes disparou no Brasil. O próprio Ministério da Saúde recomenda o uso do produto para afastar o mosquito, que também é transmissor da dengue e da febre chikungunya.
Esse recurso, no entanto, não é 100% eficaz. "Nenhum repelente é capaz de proteger completamente contra picada de mosquitos", garante o médico Esper Kallas, professor de Imunologia e Alergia da Faculdade de Medicina da USP, em entrevista à Rádio USP.
De acordo com o especialista, a efetividade do produto é de aproximadamente 50%. A chance de levar uma picada é reduzida, mas não deve ser descartada, segundo o professor. Ele afirma que os repelentes de tomada também auxiliam, mas a eficácia não é totalmente garantida, assim como as velas ou essências de citronela.
Esper Kallas recomenda também que não se misture o repelente com outras substâncias, como o protetor solar. "Não sabemos como seria a reação da mistura com outros produtos. O uso deve ser de acordo com as instruções do material", instrui o médico.
Mercado agradece
Apesar da recessão econômica, a venda de repelentes no Brasil deu um salto de 49% no ano passado em relação a 2015, segundo dados da empresa de consultoria Nielsen. Em termos de receita, o crescimento foi de 84% na comparação dos períodos analisados.
(Com Rádio USP)
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Especialista diz que repelentes não são 100% eficazes contra o Aedes aegypti
Segundo o médico, produto reduz chance de picada do mosquito da dengue, mas não garante a proteção
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