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Estado de Minas ECONOMIA

Após quatro anos, taxa Selic chega à casa de um dígito pela primeira vez

O Banco Central reduziu a taxa básica de juros para 9,25%


postado em 27/07/2017 08:57

(foto: Banco Central/Divulgação)
(foto: Banco Central/Divulgação)
Pela sétima vez seguida, o Banco Central (BC) baixou os juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu na quarta, dia 26 de julho, a taxa Selic em um ponto percentual, de 10,25% para 9,25% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas financeiros.

Com a redução, a taxa básica de juros chega ao menor nível desde outubro de 2013, quando estava em 9% ao ano. Essa é a primeira vez em que a Selic retorna à casa de um dígito em quase quatro anos. Desde novembro de 2013, quando o Copom elevou a taxa para 10% ao ano, a taxa estava em dois dígitos.

Em comunicado, o Banco Central afirma que as incertezas políticas não influenciaram, até agora, as expectativas para a inflação. O texto, no entanto, diz que a manutenção do ritmo de cortes dependerá da continuidade das reformas estruturais em tramitação no Congresso Nacional.

"O Copom ressalta que a manutenção das condições econômicas, até este momento, a despeito do aumento de incerteza quanto ao ritmo de implementação de reformas e ajustes na economia, permitiu a manutenção do ritmo de flexibilização nesta reunião. Para a próxima reunião, a manutenção deste ritmo dependerá da permanência das condições descritas no cenário básico do Copom e de estimativas da extensão do ciclo", destaca a nota.

De outubro de 2012 a abril de 2013, a taxa foi mantida em 7,25% ao ano, no menor nível da história. A Selic passou a ser reajustada gradualmente até alcançar 14,25% ao ano em julho de 2015. Somente em outubro do ano passado, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia por causa da queda da inflação.

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA registrou deflação de 0,23% em junho, a primeira variação negativa do índice em 11 anos.

Nos 12 meses terminados em abril, o IPCA acumula 3%, a menor taxa em 12 meses desde abril de 2007. Para este ano, o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabelece meta de inflação de 4,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto. A inflação, portanto, não poderá superar 6% neste ano ou ficar abaixo de 3%.

(com Agência Brasil)

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