Somente nos primeiros cinco meses deste ano, foram 79 interrupções que prejudicaram o fornecimento de energia para aproximadamente 23 mil clientes da estatal de energia.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), até o início de julho aconteceram 880 focos de incêndios em Minas Gerais. Mas, é a partir do segundo semestre que essa prática aumenta.
Ao atingir redes de distribuição, os incêndios podem provocar a queima de postes e cruzetas de madeira e, consequentemente, o rompimento dessas estruturas e de cabos condutores. Neste caso, segundo Carlos José Thiersch, gerente do Centro de Operação da Distribuição da Cemig, é necessário substituir os materiais, atividade que exige um tempo maior para religar os circuitos atingidos.
"Há também o risco de curtos-circuitos em linhas de transmissão e de distribuição de energia elétrica, causados pelo aquecimento das proximidades dos cabos condutores", ressalta o gerente.
Outro problema que pode contribuir para aumentar a incidência de queimadas são os balões de Festa Junina, que podem causar incêndios de grandes proporções, quando atinge o chão ou toca a rede elétrica. A simples proximidade do balão das linhas de transmissão ou de distribuição de energia já provoca o aquecimento dos cabos, provocando curtos-circuitos, rompimentos e desligamentos de grandes trechos.
A Cemig dá dicas importantes sobre as queimadas:
- Fazer queimadas somente com autorização do Instituto Estadual de Florestas, Ibama ou órgãos competentes e de forma controlada, com a construção de aceiros e barreiras que impeçam a propagação das chamas. O aceiro pode ser feito por meio de valas ou da limpeza do terreno, de modo a obstruir a passagem do fogo
- Não jogar pontas de cigarro próximo a qualquer tipo de vegetação
- Apagar com água o resto do fogo em acampamentos para evitar que o vento leve as brasas para a mata
- Não realizar queimadas a menos de 15 m de rodovias, ferrovias e do limite das faixas de segurança das linhas de transmissão e distribuição de energia elétrica
Em caso de incêndios, o Corpo de Bombeiros (193) ou as Brigadas Voluntárias de Combate a Incêndios Florestais devem ser avisados o mais depressa possível.
(com Agência Minas)