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Estado de Minas AGROPECUÁRIA

Técnicos americanos vêm vistoriar produção de carne no Brasil

A visita faz parte das negociações para o retorno das exportações de carne brasileira para os Estados Unidos


postado em 14/08/2017 17:35

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
O Brasil deverá receber a visita de técnicos americanos para uma inspeção veterinária até o fim o mês de agosto, segundo informação de Blairo Maggi, que está à frente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O objetivo da visita é avançar na retomada das exportações de carne fresca para os Estados Unidos, de acordo com o Mapa, que fez o convite aos técnicos.

O embargo americano ao produto brasileiro foi anunciado no dia 22 de junho devido a preocupações recorrentes sobre a segurança dos produtos destinados ao mercado daquele país, segundo autoridades dos EUA. O fechamento do mercado americano se deu em razão da existência de abscessos, além de pedaços de osso encontrados na parte dianteira dos animais.

Segundo o ministério, a vacinação contra a febre aftosa pode ser a causa das inflamações. Para tentar solucionar a questão, Blairo Maggi disse que a sapomina deverá deixar de ser um dos componentes da vacina e que as doses da vacina serão reduzias de 5 para 2,5 ml.

A retirada da saponina estava entre as alterações solicitadas pelo agronegócio em documento encaminhado ao ministério. As instituições relacionam a substância "à exacerbada irritação no local da aplicação, que se agrava até casos de edema e severa reação inflamatória, com consequente ocorrência de abscessos [nódulo inchado cheio de pus]".

Em julho, o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal já havia antecipado que faria alterações na vacina. Até então, o Mapa não tinha confirmado as informações.

"Não é uma questão de saúde humana, mas de apresentação. O Brasil é livre de aftosa com vacinação, o que significa que não podemos exportar para um país livre sem vacinação qualquer tipo de carne com osso", comenta o ministro. Trata-se de medida preventiva, já que na hipótese de ocorrência da doença, o vírus poderia resistir nos ossos por meses.

Foram 17 anos de negociações para que o Brasil conseguisse exportar carne fresca para os Estados Unidos. As exportações começaram a ser feitas em setembro do ano passado. Ao todo, 15 plantas frigoríficas exportavam carne in natura para o país. Essas plantas acumularam, de janeiro a maio, US$ 49 milhões em exportação.

Maggi foi pessoalmente aos Estados Unidos onde reuniu-se com o secretário de Agricultura do governo norte-americano, Sonny Perdue, em Washington. O ministro mostrou otimismo e disse, na ocasião, acreditar que as exportações serão retomadas em 60 dias.

A venda de carne fresca para os Estados Unidos representa apenas 2% das exportações totais brasileiras. Tradicionalmente, o país vende carne industrializada para o mercado norte-americano, cujas exportações não foram afetadas.

(com Agência Brasil)

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