O diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Carlos Viana de Carvalho, considera que a população já começa a ver sinais de melhora na economia brasileira. Ao apresentar o Relatório Trimestral de Inflação, nesta quinta, dia 21 de setembro, em Brasília, ele destacou a melhora no poder de compra. "Algo que as pessoas sentem no bolso quando saem para fazer compras no supermercado; [elas] sentem que o salário está com poder de compra melhor", comenta o diretor.
Carlos Viana diz ainda que as notícias sobre o mercado de trabalho também são melhores: "O dia a dia vai mostrar essa melhoria da economia permeando a vida das pessoas". Ele lembra que o crédito para pessoas físicas já dá sinais de melhora, com redução do spread (diferença entre taxa de captação de dinheiro e a cobrada dos clientes nos empréstimos).
No Relatório Trimestral de Inflação, o Banco Central revisou a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, de 0,5% para 0,7% este ano. A estimativa para 2018 é de um crescimento maior da economia: 2,2%.
Sobre a redução do ritmo de cortes na taxa básica de juros, a Selic, e encerramento gradual do ciclo já anunciado pelo BC, Carlos Viana afirma que essa estratégia é condicional, ou seja, depende da "evolução da conjuntura econômica e dos fatores de risco".
No balanço de riscos, o diretor destaca como mais relevantes os preços de alimentos e de componentes industriais muito abaixo do esperado e a "frustração" de reformas, como a da Previdência. "A gente segue comunicando a importância do fiscal, especialmente através da percepção de perspectivas para trajetória das contas públicas para prazos mais longos", comenta.
(com Agência Brasil)
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ECONOMIA
Diretor do Banco Central diz que população já sente a melhora na economia
Para o executivo do BC, até o mercado de trabalho já deu sinais de melhoria
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