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Até 2060, a faixa etária com 80 anos ou mais somará 19 milhões de pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A ANS calcula que um em cada quatro brasileiros possui plano de saúde, o que movimentou R$ 160 bilhões em 2016. O setor realizou mais de um bilhão de procedimentos médicos no ano passado.
Para Leonardo Paiva, chefe de gabinete da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Brasil passará pela transição demográfica antes de se tornar um país desenvolvido, o que aumentará o desafio. "Teremos a mudança de doenças infecto-contagiosas para doenças crônicas [comum à terceira idade]. As indústrias [farmacêuticas] estão se movendo para isso. Hoje, 40% dos novos registros de medicamentos são para oncologia", diz o representante da Anvisa durante o Fórum da Saúde, realizado nesta segunda, dia 9 de outubro, em São Paulo.
Judicialização
De acordo com Leonardo Paiva, o Sistema Único de Saúde (SUS) precisa se preparar para o aumento de gastos com medicamentos voltados à população mais madura, que sofre com doenças crônicas. Ele prevê elevação do número de decisões judiciais obrigando o estado a custear medicamentos o que, atualmente, é predominante entre doenças raras. Em 2015 e 2016, foram gastos R$ 1 bilhão ao ano com os 10 medicamentos mais solicitados por meio da justiça.
Outra questão apontada pela ANS é a falta de gestão de saúde adequada entre as operadoras dos planos. O Brasil conta com 900 operadoras, sendo que 125 delas respondem por 80% dos beneficiários. Ainda conforme a agência, os consumidores realizam muitos exames sem necessidade, por falta de orientação.
No país, a saúde suplementar realzia 132 exames de ressonância magnética a cada mil habitantes, média muito elevada. "Há um desperdício enorme de recursos porque os usuários do sistema não são orientados a transitar pela rede. As soluções são uso consciente do consumidor e a reorganização da rede", comenta Leandro Fonseca, da ANS.
(com Agência Brasil)
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