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Estado de Minas BEM-ESTAR

Fatores externos também interferem na fertilidade de homens e mulheres

Obesidade, tabagismo e anabolizantes, por exemplo, podem atrapalhar os planos de quem quer ter filho


postado em 09/10/2017 12:58 / atualizado em 09/10/2017 13:16

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
Apesar das causas da infertilidade ainda serem pouco conhecidas, pesquisadores sugerem que o estilo de vida pode fazer a diferença na hora de engravidar. De acordo com o ginecologista Renato de Oliveira, da clínica Criogênesis, em São Paulo, estatisticamente, 30% dos casos de infertilidade estão ligados aos homens; 30% às mulheres; 30% ao casal; e 10% sem causa aparente.

"A principal causa de infertilidade masculina é desconhecida, ou também chamada de idiopática. Porém, destaca-se a varicocele, doença que provoca um defeito valvular nos vasos sanguíneos que envolvem os testículos. A mulher tem como principais causas de infertilidade a endometriose, alterações tubárias, distúrbios da ovulação, destacando a síndrome dos ovários policísticos e alterações uterinas", comenta o médico.

Fatores genéticos também possuem relação com a infertilidade. Porém, segundo o especialista, há um conceito denominado epigenética, que representa a interferência de fatores externos na expressão dos genes. Assim, o estilo de vida poderia impactar seriamente nas chances de conceber.

Renato de Oliveira lista alguns fatores que estão diretamente ligados à infertilidade:

Obesidade

O peso acima do ideal interfere no ciclo hormonal da mulher e é um fator prejudicial à fertilidade, pois a gordura corporal, em excesso, principalmente na região abdominal, produz uma maior quantidade de estrógeno, interferindo no ciclo reprodutivo. Nos homens, o excesso de peso reduz o nível de testosterona, o que compromete a produção seminal.

Tabagismo

Fumar é um perigo à fertilidade feminina, pois está associado ao envelhecimento prematuro do sistema reprodutivo, o que interfere no desenvolvimento embrionário e, consequentemente, reduz a chance de gravidez. Já o tabagismo, para os homens, está associado à redução na qualidade do sêmen, incluindo a concentração de espermatozoides, a morfologia e o efeito potencial na função espermática, além das alterações nos níveis hormonais.

Álcool

Nos homens, o álcool reduz os níveis de testosterona, bem como a qualidade e a quantidade do espermatozoides. Isso acontece porque as células produtoras de testosterona atrofiam e há uma diminuição dos hormônios masculinos. Além disso, a bebida pode afetar o desejo sexual e levar o indivíduo à impotência, por prejudicar a ereção. Já nas mulheres, o álcool tende a dificultar a produção de hormônios, altera a libido e interfere na ovulação ou na qualidade dos gametas.

Drogas e anabolizantes

Se usadas por tempo prolongado, as drogas podem resultar em disfunção ovulatória e, consequentemente, irregularidade menstrual. Nos homens, reduz a libido e aumenta o número de espermatozoides defeituosos. Os anabolizantes, além da disfunção erétil e da atrofia dos testículos, podem levar à diminuição da produção de sêmen. Nas mulheres, além de ganhar traços masculinos, podem interferir na ovulação.

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