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Estado de Minas PETS

Não deixe de cuidar do coração do seu pet

Cães e gatos também podem sofrer com doenças cardiovasculares


postado em 03/10/2017 16:55

A especialista lembra que muitos problemas cardíacos estão ligados à raça de cada cão e gato, especialmente o tamanho do bichinho(foto: Pixabay)
A especialista lembra que muitos problemas cardíacos estão ligados à raça de cada cão e gato, especialmente o tamanho do bichinho (foto: Pixabay)
Quem disse que os bichinhos de estimação não precisam cuidar do coração? Além dos problemas típicos de cada raça, com o avanço da idade, as doenças cardíacas em cães e gatos tendem a aumentar. Por isso, o check-up de seis em seis meses é fundamental para a prevenção e para o diagnóstico precoce. "Todas as doenças podem ser controladas com medicação, retardando a progressão e trazendo conforto para os bichinhos de estimação", comenta a veterinária Michelle Caroline Claviço, da Petz.

Segundo a especialista, a cardiopatia mais comum em cães são as endocardioses, que atingem as válvulas do coração (mitral e tricúspide), e estão ligadas à idade avançada e à predisposição da raça. Esse tipo de doença afeta principalmente os cães de porte pequeno, como poodle, yorkshire e chiuaua. Já raças como cocker, boxer e labrador, como mostra a veterinária, são mais propensas à cardiomiopatia dilatada, que é caracterizada pela dilatação do ventrículo por uma alteração do músculo cardíaco. Em gatos, o problema mais comum é a cardiomiopatia hipertrófica, causada também por uma alteração do músculo cardíaco e que é de origem hereditária.

Michelle Claviço explica ainda que outra doença tem preocupado os tutores: a dirofilariose, que é provocada por um verme que se aloja no coração dos pets e é transmitida por mosquito. A incidência é maior no litoral, mas há registros também em outras regiões. A boa notícia é que existe prevenção, por meio da vacina que inibe o parasita dirofilária, causador da doença.

Sinais

A especialista alerta que os principais sintomas das cardiopatias nos bichinhos de estimação são intolerância aos exercícios, tosse principalmente no período noturno, cansaço fácil, apatia, prostração, desconforto em algumas posições, cianose (coloração arroxeada da língua) e desmaios em alguns casos. Além de ficar de olho nesses sinais, os donos devem levar os pets ao veterinário periodicamente.

"Quando auscultamos os pets, podemos identificar alterações no ritmo dos batimentos [arritmias] e mudanças nos sons do pulmão [crepitação]", explica Michelle Claviço. A confirmação do diagnóstico pode ser feita por meio de exames como ecocardiograma, eletrocardiograma e raio X de tórax. "O tratamento varia conforme a doença, o estágio e os sintomas do pet. Como cada um tem sua particularidade. Às vezes, é necessário utilizar uma droga diferente para cada bichinho", comenta a veterinária.

A especialista dá dicas para prevenir e cuidar do coração dos cães e gatos:

  • Realizar check-ups de seis em seis meses

  • Ter uma alimentação equilibrada com ração super premium

  • Evitar a obesidade, que é um dos fatores de risco

  • Manter a saúde da boca, com cuidados e escovação frequente, porque as bactérias estão relacionadas às cardiopatias

  • No caso da dirofilariose, além da prevenção com uso mensal de vermífugos, pode ser administrada a vacina, que tem dose anual

  • Enriquecer o ambiente que os pets ficam com brinquedos que estimulem a atividade física

  • Passear com frequência para caminhadas moderadas e diversão

  • Conhecer a predisposição que a raça do pet apresenta

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