Segundo o urologista Pedro Romanelli, presidente da Sociedade Mineira de Urologia, o público feminino é o que mais frequenta os consultórios desses especialistas, já que são as principais vítimas de problemas urológicos, incluindo infecções e incontinências urinárias. Entretanto, elas só procuram um urologista por indicação de outro médico. "Esta informação não é bem disseminada entre as elas", diz o especialista.
Para ajudar a esclarecer a questão, o médico cita algumas doenças tratadas pelo urologista e que são mais comuns nas mulheres:
- Incontinência urinária: é caracterizada pela perda involuntária de urina e é mais comum entre mulheres com mais de 60 anos
- Infecção urinária: trata-se da presença de micro-organismos (bactérias, fungos e vírus) no aparelho urinário, causando infecção
- Bexiga hiperativa: o principal sintoma é a vontade incontrolável de urinar
- Cistite intersticial: inflamação crônica da bexiga, também conhecida como síndrome da bexiga dolorosa, pois se manifesta por dor pélvica constante
- Pedra nos rins: formação de cálculos nos rins por um processo biológico mais recorrente no adulto jovem
Influência da mulher
Ainda de acordo com Pedro Romanelli, outro fator importante que liga as mulheres à Urologia está na influência que elas exercem sobre a saúde dos homens. "No caso do câncer de próstata, elas são as grandes influenciadoras na busca de tratamento pelos homens", comenta o especialista.
Em levantamento feito pelo Datafolha com 1.061 homens, com idade entre 40 e 70 anos, de 11 capitais brasileiras, incluindo Belo Horizonte, foi constatado que, para a maioria dos entrevistados, a esposa, a companheira, ou a namorada (66%) é a pessoa que mais influencia na procura por um médico para prevenir e tratar o câncer de próstata.