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Estado de Minas CIDADE

Com autorização do Ibama, Prefeitura de Belo Horizonte inicia o manejo das capivaras na lagoa da Pampulha

Os animais serão esterilizados, microchipados e receberão carrapaticidas para, então, serem postos em liberdade


postado em 01/11/2017 08:53 / atualizado em 01/11/2017 09:19

Com a autorização do Ibama, a Prefeitura de Belo Horizonte recebeu carta branca para dar início ao manejo das capivaras que habitam a lagoa da Pampulha, na capital mineira(foto: Flickr/PBH/Carlos Avelin/Reprodução)
Com a autorização do Ibama, a Prefeitura de Belo Horizonte recebeu carta branca para dar início ao manejo das capivaras que habitam a lagoa da Pampulha, na capital mineira (foto: Flickr/PBH/Carlos Avelin/Reprodução)
Em comunicado enviado à imprensa, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), por meio da secretaria municipal de Meio Ambiente e da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, informa que deu início aos trabalhos de manejo das capivaras que habitam a orla da lagoa da Pampulha, na região norte da capital. Conforme a PBH, os trabalhos extracampo começaram na sexta-feira, dia 27 de outubro, quando foram realizadas limpeza e capina em espaços do Parque Ecológico da Pampulha.

Um contêiner adaptado para ser a sala cirúrgica de esterilização dos roedores já se encontra instalado no parque. Este local foi escolhido porque a maioria das capivaras habitam seus arredores. A prefeitura diz que esses animais serão atraídos, com o uso de cana-de-açúcar, para dentro de currais também já instalados na unidade de conservação. Além disso, nas próximas semanas, a PBH deve instalar equipamentos para a captura das capivaras que habitam locais fora do parque. As ações de manejo vão contar com estagiários que, de acordo com a prefeitura, já foram treinados por uma equipe técnica.

As capivaras devem ser monitoradas, capturadas e submetidas a cirurgias de vasectomia ou ligadura de trompas. Carrapaticidas serão aplicados e os animais receberão identificadores para, em seguida, serem liberadas na orla da Lagoa da Pampulha, até 72 horas após o procedimento cirúrgico.

Esse processo de controle populacional dos roedores faz parte de um plano de ação da PBH para o controle da febre maculosa, doença transmitida pelo carrapato-estrela. Além da esterilização das capivaras, a prefeitura afirma que está realizando o corte contínuo da grama na região da lagoa da Pampulha e a utilização de inseticida onde há maior concentração de carrapatos, além da aplicação de carrapaticidas em cavalos que circulam pelo local.

Autorização do Ibama

Conforme a secretária municipal de Meio Ambiente, na segunda-feira, dia 30 de outubro, um ofício do Ibama deu manifesto favorável à autorização de manejo e esterilização das capivaras. Vale lembrar que a autorização do órgão ambiental se faz necessária para qualquer procedimento em animais pertencentes à fauna brasileira. De acordo com o documento, a prefeitura deve atualizar o censo populacional dos animais e entregar este documento em até 90 dias após o início dos trabalhos.

O Ibama sugeriu ainda, que a secretaria de Meio Ambiente use um método adicional de identificação dos animais após a cirurgia: o microchip. No projeto inicial da PBH, as capivaras seriam apenas marcadas na orelha com um pequeno corte após a cirurgia de esterilização.

(com assessoria de imprensa da PBH)

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