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Estado de Minas ENEM 2017

Ministro da Educação recomenda que candidatos respeitem os direitos humanos na redação do Enem 2017

Para Mendonça Filho, o respeito aos direitos humanos vai além de uma regra do edital do exame


postado em 01/11/2017 13:52 / atualizado em 01/11/2017 14:03

"A questão dos direitos humanos é básico e fundamental, até porque estamos falando em educação", comenta o ministro da Educação, Mendonça Filho, sobre a redação do Enem (foto: Wilson Dias/Agência Brasil/Divulgação)
Apesar de o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) ainda não ter sido notificado oficialmente sobre a decisão judicial que determinou a suspensão da regra de respeito aos direitos humanos na prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a recomendação é que os candidatos sigam o edital do concurso. Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta, dia 1º de novembro, o ministro da Educação, Mendonça Filho, explica que a decisão judicial será respeitada, mas orienta os candidatos a respeitarem os direitos humanos na redação.

"A questão dos direitos humanos é básico e fundamental, até porque estamos falando em educação, e não poderíamos ter uma linha de ação distante dessa realidade. Mas, ao mesmo tempo, temos que cumprir a decisão judicial, que leva a possibilidade de ter zero na prova. Como cautela, eu diria que o melhor é se submeter ao exame e fazer a redação respeitando os critérios de direitos humanos", recomenda o ministro.

A prova de redação do Enem será aplicada a mais de 6,7 milhões de candidatos neste domingo, dia 5 de novembro.

O ministro deixou claro que o Inep vai recorrer da decisão até a última instância. Segundo ele, o respeito aos direitos humanos é um pressuposto constitucional elementar que não conflita com a liberdade de expressão.

Mendonça Filho garante que as linhas de pensamento ideológicos e políticos dos candidatos serão respeitados durante a correção da prova. "Ao mesmo tempo, jamais um ente como o MEC ou o Inep, em uma avaliação, pode aceitar teses que defendam por exemplo o holocausto, o apartheid, a segregação racial, a discriminação do ponto de vista religioso, de raça", afirma.

A presidente do Inep, Maria Ines Fini, também recomenda que os direitos humanos sejam levados em conta na hora de escrever a redação. "Como cidadã e educadora, eu recomendo que os jovens reproduzam o respeito aos direitos humanos não só na prova, mas também na vida", diz Fini.

Mesmo se a decisão da justiça for mantida, o respeito aos direitos humanos deve ser considerado pelos candidatos que farão a prova. Isso porque uma das cinco competências avaliadas na correção da redação do Enem prevê a elaboração de uma proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos. Esse item não foi modificado pela decisão judicial.

Cada competência cobrada na redação recebe nota que varia de zero a 200 pontos. A decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região anula apenas o item do edital que prevê a anulação da prova de alunos que dissertarem contra os direitos humanos. Nos anos anteriores, provas foram anuladas por causa dessa exigência.

(com Agência Brasil)

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