Publicidade

Estado de Minas ECONOMIA

Dólar volta a subir e chega perto dos R$ 3,5

A moeda americana acompanhou as incertezas dos mercados externo e interno


postado em 26/04/2018 08:00 / atualizado em 26/04/2018 08:12

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
Em mais um dia de incertezas no mercado financeiro brasileiro e mundial, o dólar americano voltou a subir e fechou no mais alto valor dos últimos dois anos. A moeda na versão comercial encerrou a quarta, dia 25 de abril, cotada a R$ 3,486, o que significa uma alta de 0,48%. A cotação está no maior nível desde 13 de junho de 2016, quando tinha fechado em R$ 3,487.

O dólar subiu pelo quinto dia consecutivo. Na quarta (25), ele operou com valorização durante todo o dia, chegando a R$ 3,512 por volta das 13h. Nas horas finais de negociação, o ritmo de alta recuou um pouco. O Banco Central (BC) não chegou a interferir no mercado de câmbio, renovando normalmente os contratos de "swap cambial", que funcionam como venda de dólares no mercado futuro.

O dia também foi de tensão no mercado de ações. O índice Ibovespa, da Bolsa de Valores de São Paulo, encerrou a quarta-feira com recuo de 0,5%, alcançando os 85.044 pontos. Foi o segundo dia consecutivo de queda. As ações da Petrobras, as mais negociadas, caíram 3,17% (papéis ordinários, com direito a voto em assembleia de acionistas) e 2,99% (preferenciais, com preferência na distribuição de dividendos).

O dólar subiu no dia seguinte à decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de retirar da responsabilidade do juiz Sergio Moro alguns trechos das delações de executivos da Odebrecht contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – como parte das investigações da operação Lava-Jato.

Além das tensões políticas no Brasil, o mercado foi influenciado pelo cenário internacional. Indicações de que a inflação nos Estados Unidos pode ser maior do que o previsto aumentaram a demanda por títulos do tesouro americano, considerados o investimento mais seguro do mundo.

O fato de a inflação da maior economia do planeta estar em alta aumenta as possibilidades de que o Federal Reserve (Fed), espécie de Banco Central americano, aumente os juros além do previsto. Taxas mais altas em economias avançadas atraem os investidores internacionais, que retiram o dinheiro de países emergentes, como o Brasil, pressionando para cima a cotação do dólar.

(com Agência Brasil e Agência EFE)

Os comentários não representam a opinião da revista e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

Publicidade