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Estado de Minas BRASIL

Em cerimônia militar, general Villas Boas volta a criticar a corrupção

Para o comandante do Exército, há uma banalização da corrupção no Brasil


postado em 19/04/2018 14:28 / atualizado em 19/04/2018 14:50

(foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Divulgação)
(foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Divulgação)
Durante o evento de de entrega da Ordem do Mérito Militar e da Medalha Exército Brasileiro, nesta quinta, dia 19 de abril, que contou com a presença de militares, ministros de estado, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), parlamentares e do presidente Michel Temer, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, comentou que a violência, a banalização da corrupção e impunidade são as reais ameaças à democracia do país e podem prejudicar a estabilidade.

"Não é possível ficar indiferente aos mais de 60 homicídios por ano no país, à banalização da corrupção, à impunidade, à insegurança ligada ao crescimento do crime organizado e à ideologização dos problemas nacionais", em pronunciamento feito durante a cerimônia. "São essas as reais ameaças a nossa democracia e contra as quais precisamos nos unir efetivamente para que não retardem o desenvolvimento e prejudiquem a estabilidade. O momento requer equilíbrio, conciliação, respeito, ponderação e muito trabalho", completa o general.

Em sua fala, Villas Boas também cita as eleições de outubro. "Quando caberá à população definir de forma livre, legítima, transparente e incontestável a vontade nacional. Definido o resultado da disputa, unamo-nos como nação", diz o militar.

O general do Exército também aproveitou para mencionar as dificuldades e os desafios do Exército, principalmente, o orçamento. "Nossa força terrestre caminha em meio a dificuldades, entre os quais estão um orçamento aquém dos imperativos de suas missões e a defasagem salarial de seus soldados em relação às demais carreiras de estado".

Eduardo Villas Boas disse ainda, no evento, que "a defesa do país depende do estado, do povo e das Forças Armadas". Segundo ele, "a Constituição Federal, no Artigo 142, estabelece que as Forças Armadas são instituições permanentes, ou seja, elas são inerentes à própria existência da nação e do país".

Em breve mensagem lida durante a cerimônia militar, o presidente Michel Temer lembrou a atuação do Exército na intervenção federal na área de segurança pública no Rio de Janeiro e disse que a ordem do estado estava comprometida pela ação do crime organizado. "Agora mesmo, no Rio de Janeiro, testemunhamos a dedicação do Exército, como das demais forças, na missão incontornável de romper a ordem pública naquele estado, ordem que vinha gradativamente comprometida pela ação intolerável do crime organizado", comenta o peemdebista.

De acordo com Temer, em muitas partes do Brasil os militares são a única manifestação concreta da presença do estado, levando ações de saúde, educação e saneamento.

A Ordem do Mérito Militar é a mais elevada distinção da força e foi criada em 1934 para premiar militares e civis que tenham prestado serviços relevantes ao Exército.

(com Agência Brasil)

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