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Estado de Minas ECONOMIA

Indústria brasileira apresenta alta acumulada no início do ano

Segundo IBGE, crescimento em janeiro e fevereiro foi de 4,3%


postado em 03/04/2018 17:54 / atualizado em 03/04/2018 17:55

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
A produção industrial brasileira fechou os dois primeiros meses do ano com crescimento acumulado de 4,3% na comparação com o primeiro bimestre de 2017, a maior alta para um primeiro bimestre desde os 4,7% de crescimento verificado em 2011.

A informação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou nesta terça, dia 3 de abril, no Rio de Janeiro, uma pesquisa de fevereiro que mostra que o parque fabril do país fechou com expansão de 0,2% frente a janeiro, na série com ajuste sazonal, impulsionado pelo comportamento do segmento de bens duráveis.

Os dados indicam que o crescimento de fevereiro ocorre depois de uma queda de 2,2% em janeiro, comparativamente a dezembro do ano passado, interrompendo uma série de quatro resultados positivos consecutivos.

Em relação a fevereiro de 2017, na série sem ajuste sazonal, a indústria cresceu 2,8%. É a décima taxa positiva consecutiva na base de comparação e a menos acentuada desde os 2,6% de setembro de 2017. Já o acumulado nos últimos 12 meses avançou 3%, também o melhor resultado desde os 3,6% de junho de 2011.

Para o IBGE, o crescimento de 2,8% na comparação fevereiro 2018/fevereiro 2017 é a décima taxa positiva consecutiva da produção industrial, impulsionada pela alta de 15,6% na produção de bens de consumo duráveis.

Expansão por segmentos

A pesquisa constatou que, entre as grandes categorias econômicas, os itens bens de consumo duráveis e bens de capital cresceram 7,8%. Já o setor de bens de consumo semi e não duráveis expandiu 1,6% e bens intermediários, 1,5%. Em ambos os casos, no entanto, a alta ficou abaixo da média do índice geral de 2,8%.

O estudo indicou que, entre os bens de consumo duráveis, categoria que abrange o segmento de eletroeletrônicos e o setor automobilístico, um dos destaques foi o aumento da produção de televisores.

Considerando todo o setor de eletrodoméstico da chamada linha marrom, composta por televisores, aparelhos de som e similares, o aumento em fevereiro foi de 41,1% frente a fevereiro do ano passado.

Segundo André Macedo, gerente da pesquisa, "esse crescimento já era esperado, porque, tradicionalmente, há uma produção expressiva de TVs nos três meses antes da Copa do Mundo", que começa em junho, na Rússia, para terminar em julho.

Para o Macedo, de modo geral, "o aumento na massa salarial, a melhora gradual nos índices de ocupação e a redução das taxas de juros do comércio são fatores que ajudaram na melhora da indústria nesses últimos meses".

(com Agência Brasil)

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