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Estado de Minas ECONOMIA

Segundo BC, taxa do cheque especial cresceu em março

Juros cobrados nessa modalidade financeira chegaram a 324,7% ao ano


postado em 26/04/2018 12:51 / atualizado em 26/04/2018 13:16

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
Dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta quinta, dia 26 de abril, mostram que os juros do cheque especial subiram em março. A taxa chegou a 324,7% ao ano, com aumento de 0,6% em relação a fevereiro. No ano, a elevação é de 1,7%.

No dia 10 de abril, os bancos anunciaram mudanças no cheque especial, mas as novas regras só valem a partir de julho. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os clientes que utilizarem mais de 15% do limite do cheque durante 30 dias consecutivos vão receber a oferta de um parcelamento, com taxa menor de juros que a do cheque especial a ser definida individualmente pelos bancos.

Segundo Fernando Rocha, chefe do departamento de Estatísticas do BC, a autarquia não tem estimativa de redução dos juros, com a medida definida pela federação dos bancos. "A Febraban propôs uma autorregulação. Espera-se uma redução de taxas, melhores condições para os clientes bancários. O banco central não tem uma estimativa de quanto isso vai ser", comenta Rocha. Ele acrescenta que o crédito rotativo, como cheque especial e cartão, por ter taxas altas, deve ser usado pelo menor tempo possível.

A taxa do rotativo do cartão de crédito também subiu, ao chegar a 243,5% ao ano em março, com aumento de 9,6% em relação a fevereiro. Essa é a taxa para quem paga pelo menos o valor mínimo da fatura do cartão em dia.

Já os juros cobrados dos consumidores que não pagaram ou atrasaram o pagamento mínimo da fatura caíram 2%, chegando a 397,6% ao ano em março. Com isso, a taxa média da modalidade de crédito ficou em 334,5% ao ano, com aumento de 2,1% em relação a fevereiro.

O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão. O crédito rotativo dura 30 dias. Após esse prazo, as instituições financeiras transferem a dívida para o crédito parcelado, seguindo regra estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) no ano passado.

Ainda conforme Fernando Rocha, o crédito livre para empresas e famílias cresceu. No caso do crédito direcionado, a expansão foi observada no crédito direcionada. "A redução do crédito está ficando cada vez mais restritas a aquelas operações de pessoas jurídicas no crédito direcionado. A redução é mais vinculada ao desemprenho das operações do BNDES [Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social] que continuam com redução no saldo", afirma o executivo do BC.

(com Agência Brasil)

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