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Estado de Minas INTERNACIONAL

Britânico não supera depressão pós-parto e decide se matar

Caso mostra que o problema não é exclusivo das mulheres


postado em 17/05/2018 10:25 / atualizado em 17/05/2018 10:59

Muitos acham que depressão pós-parto é coisa de mulher, mas o caso do britânico John Clayton, que se matou devido ao problema, mostra que a condição envolve toda a família(foto: Dailymail.co.uk/Reprodução)
Muitos acham que depressão pós-parto é coisa de mulher, mas o caso do britânico John Clayton, que se matou devido ao problema, mostra que a condição envolve toda a família (foto: Dailymail.co.uk/Reprodução)
Assim como ocorre com algumas mulheres, os homens também podem sofrer depressão pós-parto, inclusive com consequências graves. Esse fato inusitado aconteceu no Reino Unido e está chamando a atenção na internet. O cientista britânico John Clayton, então com 41 anos, teve um filho com sua esposa Vicky, 38 anos, em 2013. Ambos lutaram contra a depressão, até sentirem que poderia acabar da pior maneira possível. O pesquisador sempre sonhara em ter filhos, mas não suportou a realidade e decidiu tirar a própria vida.

Dois meses após o nascimento do filho Hugo, os três se mudaram de Exeter para a cidade de Cardiff, ambas no Reino Unido, onde o cientistas passou a fazer pós-graduação na universidade local. A depressão surgiu com a mudança drástica na rotina do casal, ainda mais com a presença do recém-nascido. John e Vicky começaram a ter problemas até pouco antes do primeiro ano da criança. Com isso, decidiram se separar. Embora a mulher também sofresse de depressão pós-parto, conseguiu superá-la em pouco tempo, ao contrário do ex-marido. "Ele passou de muito animado para depressivo e as 'rachaduras' realmente começaram a aparecer", comenta Vicky em entrevista para o tabloide britânico Daily Mail.

Após o divórcio, ela decidiu voltar para a casa onde moravam anteriormente e, conforme relatou ao jornal, foi um momento difícil, já que o casal estava junto há mais de 10 anos e ela considerava John um ótimo companheiro e compartilhava com ele muitas coisas. Vicky contou que estava triste porque não podia fazer nada para ajudá-lo a superar a depressão que o afetava profundamente.

Ainda de acordo com o relato feito por Vicky ao tabloide, John Clayton chegou a receber assistência psiquiátrica. Mas, os resultados não foram satisfatórios. "Sua última entrevista com um médico foi três semanas antes de morrer. Ele até deu uma festa no fim de semana em que suicidou. Eu nunca vou saber se era uma festa de despedida ou se estava realmente feliz naquele dia", afirma a britânica ao Daily Mail.

Em novembro de 2016, três anos após o nascimento de seu único filho, John decidiu tirar a própria vida. Um amigo o encontrou morto. Apesar de o triste acontecimento ter quase dois anos, Vicky decidiu tornar pública sua dor para ajudar na conscientização sobre a depressão pós-parto, em especial sobre o fato de que a condição não afeta apenas as mulheres.

"Tudo está muito focado nas mães, como esperado, mas tendo vivido essa experiência durante os últimos cinco anos, gostaria que houvesse mais atenção para os homens, para que consigam ajuda", diz a ex-mulher do cientista, na entrevista para o periódico britânico.

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