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Estado de Minas BRASIL

Cursos de Engenharia terão nova grade curricular

Conselho Nacional de Educação deve votar mudança na graduação ainda este ano


postado em 11/06/2018 16:06 / atualizado em 11/06/2018 16:20

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
Os cursos de Engenharia no Brasil devem passar a ter foco na inovação. Isso segundo Luiz Roberto Curi, presidente da comissão de revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Engenharia e integrante do Conselho Nacional de Educação (CNE). Ele lembra que o novo marco regulatório dessa formação deve ser aprovado em julho.

"Inovação é um fator essencial do trabalho do engenheiro. É preciso um compromisso dos cursos com processo inovativo industrial, ampliação, modernização e sofisticação da indústria. [É preciso] aproximar dos desafios da produção, aproximar dos desafios da infraestrutura", comenta Curi.

As diretrizes serão válidas para todos os cursos de Engenharia do país. Elas servem de parâmetro para os currículos de cada uma das instituições de ensino. As diretrizes vigentes foram instituídas em 2001. Depois disso tiveram algumas pequenas atualizações.

A intenção, segundo Luiz Roberto Curi, é tornar os cursos mais dinâmicos. Os estudantes terão, por exemplo, acesso a conteúdos de design, de mercado e de materiais, questões que os ajudarão na prática da profissão. Terão mais ênfase também atividades de pesquisa e extensão.

A discussão é feita no CNE há mais de um ano e meio e envolveu, entre outros atores, pela primeira vez, de acordo com o conselheiro, a indústria, representada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI). Instituições internacionais, como o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, serviram como referência.

Após a aprovação no CNE, as diretrizes serão encaminhadas para homologação do Ministério da Educação (MEC). Em seguida, as instituições de ensino deverão ter um ano para adequar os currículos.

Menos estudantes

Conforme Paulo Barone, secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, que participa da discussão, as diretrizes deverão tornar os cursos mais atrativos. Ele diz que há casos em que apenas 8% dos estudantes se formam no fim do quinto ano de curso. "Vamos aproximar cursos do mercado de maneira que haja projetos que o curso desenvolva já ligados à atividade futura", completa.

Diante de um cenário de ajuste fiscal, o secretário afirma que o ministério se volta para evitar que estudantes deixem os cursos de graduação e o novo marco regulatório é uma das medidas que vai ao encontro disso.

(com Agência Brasil)

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