Publicidade

Estado de Minas BRASIL

Desemprego recua mais nas regiões norte e centro-oeste

Levantamento do Ipea mostra ainda que mulheres são maioria dos desempregados


postado em 25/06/2018 12:53 / atualizado em 25/06/2018 13:44

(foto: Agência Brasil/Divulgação)
(foto: Agência Brasil/Divulgação)
De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o perfil do desempregado no Brasil é o seguinte: mulher, nordestina, e com idade entre 18 e 24 anos. Ela tem ensino fundamental incompleto e mora em regiões metropolitanas. É o que consta na seção Mercado de Trabalho, da Carta de Conjuntura, divulgada nesta segunda, dia 25 de junho.

Tendo por base dados obtidos pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do IBGE e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o estudo identifica um comportamento distinto da ocupação, dependendo da idade do trabalhador e de seu grau de instrução. Conforme o Ipea, o recuo da taxa de desocupação ocorre "de modo disseminado em todas as categorias, sendo mais significativo nas regiões norte e centro-oeste e no grupo de trabalhadores com idade entre 25 e 39 anos, com ensino médio incompleto e não residente nas regiões metropolitanas".

Na comparação com os números obtidos em 2017, os estados que registraram aumento da desocupação foram Piauí, Sergipe, Maranhão, Pernambuco e Rio de Janeiro. Já os estados que apresentaram queda mais acentuada no índice de desemprego foram Amazonas, Tocantins, Goiás e Mato Grosso do Sul.

A população ocupada com idade superior a 60 anos aumentou em 8% – percentual bem acima ao do registrado na população de trabalhadores com idade entre 25 e 39 anos, que aumentou 0,9% no primeiro trimestre de 2018, na comparação com o mesmo período de 2017. Entre os trabalhadores com ensino médio incompleto, a ocupação aumentou 10%. Já entre os com ensino fundamental, a ocupação recuou 9%.

Na avaliação do Ipea, o crescimento dos mais idosos na força de trabalho tem ocorrido pelo fato de que está recuando a parcela da população que tem deixado a força de trabalho e indo para a inatividade, e não devido ao aumento do número desses trabalhadores que estão saindo da inatividade e retornando ao mercado de trabalho.

Alguns fatores são citados pelos pesquisadores como relevantes para explicar a permanência dos mais velhos no mercado de trabalho. Um deles está relacionado à busca por um aumento na renda. O outro fator está relacionado ao aumento de expectativa de vida do brasileiro.

Desemprego

Citando números divulgados pelo IBGE, o estudo mostra que em abril o desemprego voltou a cair, após ter apresentado aumento no primeiro trimestre de 2018, na comparação com o último trimestre de 2017. Se comparado aos números de abril do ano passado, o recuo do desemprego ficou em 0,7%. A construção civil apresentou saldos mensais positivos mas, no acumulado de 12 meses, o setor continua apresentando "destruição de empregos", segundo o Ipea.

"Em maio de 2018, esse setor abriu mais de três mil vagas com certeira assinada, apresentando um resultado bem superior ao observado no mesmo mês de 2017". O setor que apresentou maior dinamismo foi o de serviços, com um saldo positivo líquido próximo a 190 mil novos postos de trabalho nos 12 meses até maio.

(com Agência Brasil)

Os comentários não representam a opinião da revista e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

Publicidade