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Estado de Minas ECONOMIA

Economista diz que BC agiu certo para conter alta do dólar

Para especialista da FGV, especulação fez a moeda aumentar no Brasil


postado em 08/06/2018 17:47 / atualizado em 08/06/2018 17:12

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
Reflexos do mercado internacional, influência da conjuntura interna ou reação ao favoritismo nas pesquisas eleitorais de candidatos pouco alinhados com a agenda de reformas. De acordo com Fabio Gallo, professor da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas (FGV), todas as variáveis contribuíram para a valorização do dólar nesta semana, porém, a alta na cotação da moeda americana também foi causada por um "ataque especulativo promovido por agentes de mercado".

"Ninguém ganha dinheiro no mercado em céu de brigadeiro. O ambiente externo com o aquecimento do mercado americano gerando uma perspectiva de aumento de juros para conter a inflação com o aumento do consumo por lá; nosso ambiente interno que não ajuda e o cenário eleitoral, que não apresentou até agora, na minha visão, nenhuma novidade do que projetávamos em janeiro, são de fato variáveis muito sensíveis e que interferem no preço do dólar. Mas os agentes de mercado fazem apostas e correm riscos jogando dinheiro no mercado. E diante desse cenário começam a marcar mais, alimentando toda essa discussão para ganhar com a ação especulativa", explica o professor da FGV.

Diante da ação do Banco Central (BC), que desde a noite de quinta, dia 7 de junho, anunciou a negociação de US$ 20 bilhões em swaps cambiais (venda futura da moeda americana) até o fim da próxima semana para conter o aumento da moeda no mercado financeiro, foi considerada correta por Fabio Gallo.

"O presidente do BC, Ilan Goldfajn, agiu corretamente ao oferecer parte da nossa reserva, que o próprio Fundo Monetário Internacional [FMI] reconhece como muito acima do necessário. Ele usou sua autoridade monetária oferecendo a moeda americana, e ninguém tem cacife no mercado para apostar contra o BC", comenta o especialista da FGV.

(com Agência Brasil)

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