Publicidade

Estado de Minas BRASIL

Para especialistas, fake news atrapalha a ciência

Internauta precisa saber reconhecer a notícia falsa


postado em 12/06/2018 08:01 / atualizado em 12/06/2018 08:16

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
A ciência perde credibilidade com a divulgação de fake news (notícia falsa), principalmente nas redes sociais. A afirmação foi feita pela médica Anna Carla Goldberg, do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Israelita Albert Einstein, durante evento científico realizado em São Paulo (SP) na segunda, dia 11 de junho. Para a especialista, a divulgação de notícias falsas nessa área é ainda mais grave, porque há um descrédito geral no potencial de ajuda e de desenvolvimento que a ciência traz para a população.

"A perda de credibilidade faz com que as pessoas desistam da ciência nesse sentido", comenta Anna Carla no debate na capital paulista em que especialistas discutiram a divulgação científica em tempos de redes sociais e as fake news.

Ainda conforme a médica, a rapidez com que as notícias se espalham pelas redes sociais é positiva e possibilita alcançar uma quantidade enorme de pessoas. No entanto, uma notícia falsa também circula em velocidade "espantosa" e "as pessoas têm que aprender com o fato de que as fake news existem e não engolir qualquer informação [que é repassada]".

Identificação

Para o jornalista Marcos Pivetta, editor de ciência da revista Pesquisa Fapesp, o leitor precisa tentar identificar o pesquisador por trás da notícia ou se ela é somente um boato. "Precisa cautela, procurar ver qual é a fonte original de uma notícia, principalmente notícias de saúde", diz Pivetta.

O editor sugere que o internauta utilize duas abordagens para checagem das notícias. A primeira é ver se o que foi compartilhado na rede social foi produzido por algum veículo de comunicação conhecido ou tentar reconhecer quem escreveu, quem postou aquela notícia originalmente.

Em segundo lugar, se for se aprofundar no tema, tentar ver a instituição para qual o cientista trabalha, se é de uma universidade, um centro de pesquisa, ou se ele defende determinada opinião sobre o assunto. "Se é alguma pessoa que pode ter algum interesse específico, às vezes até financeiro, em divulgar determinada notícia. Tudo isso dá um pouco de trabalho, as pessoas normalmente não fazem isso para qualquer notícia que recebem", comenta Marcos Pivetta.

(com Agência Brasil)

Os comentários não representam a opinião da revista e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

Publicidade