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Estado de Minas CIDADE

Vereadores constatam problemas no entorno do Conjunto IAPI

Condomínio fica na região noroeste de Belo Horizonte e enfrenta lixo e uso de drogas


postado em 21/06/2018 13:29 / atualizado em 21/06/2018 13:35

Membros da Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana da Câmara de Belo Horizonte visitaram o Conjunto IAPI para verificar problemas denunciados pelos moradores(foto: Cyro Viegas/CMBH/Divulgação)
Membros da Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana da Câmara de Belo Horizonte visitaram o Conjunto IAPI para verificar problemas denunciados pelos moradores (foto: Cyro Viegas/CMBH/Divulgação)
Construído há mais de 70 anos e tombado pelo Patrimônio Histórico e Cultural de Belo Horizonte, o Conjunto IAPI, no bairro São Cristóvão, região noroeste da capital, possui 428 apartamentos e quase seis mil moradores. Além de ser bem conhecido dos moradores da cidade, o conjunto chama atenção também pelos problemas que enfrenta em suas redondezas. Justamente as reclamações dos moradores em relação ao lixo e ao uso de drogas, em especial o crack, nas áreas próximas ao IAPI levaram vereadores da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) a visitarem o local na terça, dia 19 de junho. A visita técnica foi solicitada na Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana da CMBH.

Percorrendo toda a praça Professor Corrêa Neto, os membros da comissão propuseram alternativas para solucionar o problema social enfrentado pelos moradores, como a realização de audiência pública para discutir o tema com representantes da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e o lançamento da Campanha SOS IAPI. Envolvendo a comunidade, a campanha deverá sensibilizar a população belo-horizontina para o estado de abandono em que se encontra o espaço e para a importância de preservá-lo, informam os vereadores.

Segundo Ângela Iracema Silva, presidente da Associação Comunitária do Conjunto IAPI, o condomínio apresenta, hoje, externamente, um cenário de lixo e sujeira, bueiros quebrados, mato alto, banheiro público a céu aberto, barracos construídos clandestinamente, grades e muros derrubados, além de quadras poliesportivas abandonadas e da falta de policiamento e iluminação. Além disso, os ônibus que circulam na avenida Antônio Carlos não param no ponto correto, supostamente em função da presença de usuários de crack no local. Um caminhão abandonado também permanece estacionado, de forma irregular, no condomínio, levando transtornos à comunidade.

Em sua área interna, o IAPI possui  nove condomínios e nove síndicos. No espaço, segundo a comissão da Câmara Municipal, foram observados problemas de pintura e entraves no trânsito de pessoas com dificuldade de locomoção, como os idosos, que totalizam 60% dos moradores.
Entre os problemas no entorno do Conjunto IAPI, excesso de lixo e de usuários de drogas são os que mais afetam os moradores(foto: Cyro Viegas/CMBH/Divulgação)
Entre os problemas no entorno do Conjunto IAPI, excesso de lixo e de usuários de drogas são os que mais afetam os moradores (foto: Cyro Viegas/CMBH/Divulgação)

Quanto ao problema da existência de usuários de drogas no entorno, a  Associação Comunitária do IAPI sugere a construção de um centro de recuperação para esses dependentes químicos, criando oportunidades para que, posteriormente, eles retornem ao ambiente familiar.

De acordo com Jamir Nunes Coelho, gerente da Administração Regional Noroeste, o serviço público é realizado regularmente na região, incluindo capina, varrição, coleta de lixo e manutenção de praças, dentro e fora do condomínio. Entretanto, pouco tempo após a realização da limpeza, a população volta a lançar detritos no mesmo local, o que dificulta os serviços de manutenção. A limpeza de taludes é programada e feita pela Superintendência de Limpeza Urbana (SLU). Já a retirada dos barracos instalados clandestinamente cabe à secretaria municipal de Regulação Urbana, com o apoio da Polícia Militar. Conforme o gestor, o principal problema enfrentado é a questão social, ou seja, a presença de usuários de drogas no entorno do condomínio. Para ele, é fundamental um esforço coletivo de moradores, Prefeitura, Guarda Municipal e Polícia Militar para a solução do problema.

Encaminhamentos

O vereador Gilson Lula Reis (PCdoB), que solicitou a visita, afirma que encaminhará aos órgãos competentes todas as demandas apontadas, como a falta de iluminação, estacionamento irregular de um caminhão no condomínio, moradia clandestina e mato alto. Também será realizada audiência pública no local, quando será convidada a Coordenadoria do Idoso da PBH e a secretaria municipal de Política Social, devido a questões estruturais do condomínio, como a ausência de elevadores. Na audiência, também será abordada a questão das pessoas em situação de rua que vivem no entorno, de modo que a Câmara possa conhecer e a avaliar as atuais políticas da Prefeitura sobre o tema. "É um processo a longo prazo, mas que precisa de uma ação efetiva e permanente da PBH", avalia o parlamentar.

(com Superintendência de Comunicação Institucional da CMBH)

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