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Estado de Minas BRASIL

Cármen Lúcia preside o Brasil com discrição

A mineira, presidente do STF, prefere ficar 'de fora dos holofotes'


postado em 25/07/2018 09:23 / atualizado em 25/07/2018 09:26

(foto: Wilson Dias/Agência Brasil/Divulgação)
(foto: Wilson Dias/Agência Brasil/Divulgação)
Com a viagem do presidente Michel Temer ao México e à África do Sul nesta semana, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), a mineira Cármen Lúcia, natural de Montes Claros, região nordeste do estado, voltou a comandar o Palácio do Planalto. Esta é a quarta vez que ela assume o cargo de presidente do Brasil desde o início do período eleitoral e vem se notabilizando pela discrição com que trabalha.

Os primeiros na linha sucessória para ocupar o cargo na ausência de Temer do país são o presidente Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), seguido pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). Ambos também viajaram ao exterior durante a ausência de Temer para evitar assumir o cargo e se tornarem inelegíveis nas próximas eleições, de acordo com as regras eleitorais. Com isso, a presidente do STF assume por ocupar o terceiro cargo na linha sucessória.

Segundo a Agência Brasil, quando assume interinamente a presidência da república, Cármen Lúcia não dá entrevistas e não posa para fotos enquanto trabalha. A presidente do STF sequer se senta na mesa usada diariamente por Temer, e prefere despachar em uma mesa usada para reuniões, ao lado da mesa principal do escritório presidencial.

Grande parte dos compromissos cumpridos no Planalto são da sua própria agenda de ministra, trazida do STF. Recebe representantes de entidades da área jurídica, advogados e procuradores. Ela só não traz os compromissos do cargo de presidente da Corte. Durante o período, estes são cumpridos por Dias Toffoli, que assume interinamente o comando do STF.

Segundo pessoas próximas a Carmem Lúcia, a intenção dela é "dar o maior caráter de normalidade possível" durante a ausência de Michel Temer. Assim, ela também cumpre compromissos presidenciais e recebe ministros de estado. Na terça, dia 24 de julho, por exemplo, recebeu o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, e assinou um decreto tratando da Política Nacional de Trabalho no Âmbito do Sistema Prisional.

Jungmann e o ministro dos Direitos Humanos, Gustavo Rocha, levaram o texto do decreto para Carmem Lúcia assinar. "Ela fez um exame bem detalhadinho, jeito dela, analisou item por item. Fez observações procedentes", revela Jungmann. Em seguida, o ministro perguntou por que ela não participaria da entrevista coletiva de anúncio da nova política. Ela respondeu: "o presidente é Michel Temer. Eu assino, mas o presidente é o Michel Temer".

(com Agência Brasil)

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