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Estado de Minas CIÊNCIA

Homens consomem produtos de luxo devido à testosterona

Essa é a descoberta de um estudo feito na França


postado em 05/07/2018 15:48 / atualizado em 05/07/2018 16:19

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
Um estudo realizado pela Escola de Negócios do Instituto Europeu de Administração de Empresas, em Fontainebleau, na França, mostra que a preferência por produtos considerados de luxo se deve, em parte, por razões biológicas. A pesquisa, liderada pela neurocientista Hilke Plassmann, analisou 243 homens de idade que viviam em classes socioeconômicas semelhantes. A informação foi divulgada pelo portal português de notícias Sapo.

De forma aleatória, os pesquisadores deram para metade dos voluntários uma pequena dose do hormônio masculino testosterona, seguindo a mesma lógica de produção e liberação que o corpo executa em situações do cotidiano, como em  eventos esportivos ou quando há o sentimento de atração por alguém. Por sua vez, a outra metade dos homens recebeu apenas placebo.

Após a ingestão do hormônio, num primeiro teste, os voluntários tiveram que escolher entre duas marcas diferentes que produziam itens de consumo de qualidade parecida, mas com status social diferente – como se escolhessem entre um smartphone iPhone X e outro nacional, com a mesma configuração.

Segundo o estudo francês, aqueles que tinham recebido a dose de testosterona apresentaram uma preferência maior pelos bens considerados de luxo, que poderiam representar um status social superior.

Além disso, a equipe da cientista Hilke Plassmann realizou um segundo teste, com o objetivo de comprovar o vínculo entre a testosterona e os dois principais indicadores sociais de riqueza: status e poder. Neste caso, foi possível relacionar a substância apenas ao status social.

De acordo com os pesquisadores, as descobertas podem ser úteis para publicitários e marqueteiros, facilitando a criação de campanhas com situações hipotéticas que levariam os homens, devido ao aumento da testosterona, a sentirem a necessidade de consumir produtos mais caros, associados às classes mais abastadas.

Apesar dessa funcionalidade, o cientista Gideon Nave, que participou do estudo, adverte que é necessário considerar que "as diferenças culturais podem ter um papel importante neste tipo de comportamento", conforme consta na matéria do site Sapo.

"As conclusões apresentam os primeiros dados teóricos sobre a base biológica das preferências de consumo de produtos relacionados com um status maior. No entanto, a investigação deve ser repetida em outros grupos populacionais", assinala o pesquisador.

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