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Estado de Minas ECONOMIA

Inflação oficial de junho é a maior desde 1995

Segundo o IBGE, a taxa IPCA foi de 1,26% no mês passado


postado em 06/07/2018 11:48 / atualizado em 06/07/2018 11:50

(foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Divulgação)
(foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/Divulgação)
Impulsionada pela variação dos preços dos alimentos, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês de junho com alta de 1,26%, a maior taxa para o período desde os 2,26% de junho de 1995.

Os dados relativos ao IPCA, que é a inflação oficial medida no Brasil, foram divulgados nesta sexta, dia 6 de julho, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os 1,26% relativos a junho significam uma variação de preços de 0,86% em relação ao 0,4% registrado em maio e é, segundo o IBGE, a primeira vez desde janeiro de 2016 (1,27%) que o índice fica acima de 1%.

Com o resultado de junho, o IPCA acumulado no ano passou a 2,6%, ficando acima dos 1,18% registrado no mesmo período do ano passado. Já a taxa acumulada nos últimos 12 meses subiu para 4,39%, contra os 2,86% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho do ano passado, a taxa fechou com deflação (inflação negativa) de 0,23%.

Com índice de 2,03%, o grupo alimentação e bebidas, o que mais influenciou o resultado, foi responsável por 0,5% da composição da taxa no mês. As principais altas ficaram com o leite longa vida (de 2,65% em maio para 15,63% em junho) e o frango inteiro (de -0,99% em maio para 8,02% em junho).

Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas vestuário, fechou o mês de junho com inflação negativa: 0,16%. O grupo comunicação fechou o mês com estabilidade de preços (0%).

Todos os outros fecharam com alta de preços em relação a maio, com destaque para habitação, cuja alta foi de 2,48% e transportes (1,58%). Juntos, alimentação e bebidas, habitação e transportes concentraram aproximadamente 60% das despesas das famílias e foram os que mais influenciaram o IPCA de junho, com 1,18 ponto percentual de impacto – cerca de 93% da taxa de junho.

Regiões

O maior índice regional do IPCA ficou com a região metropolitana de Belo Horizonte, com alta de 1,86%; seguido de Curitiba, com 1,56%; Recife (1,47%); Porto Alegre (1,43%); Aracaju, (1,31%); São Luiz (1,3%); e Vitória, com 1,29% – todas as taxas maiores que a media nacional (1,26%).

Belém registrou o menor IPCA em junho, com variação de 0,6%. No Rio de Janeiro a taxa variou 1,2% e em São Paulo (1,11%).

O IPCA é o índice que serve de parâmetro para o plano de balizamento de metas inflacionárias fixados pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que este ano é de 4,5%, com uma margem de tolerância de 1,5% para cima ou para baixo.

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, e se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários e abrange 10 regiões metropolitanas do país, além de Brasília e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

(com Agência Brasil)

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