Publicidade

Estado de Minas BEM-ESTAR

Dislexia pode ser diagnosticada ainda na infância

Transtorno afeta a capacidade de aprendizado e pode causar problemas se não tratado


postado em 10/09/2018 09:23 / atualizado em 10/09/2018 09:27

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)
A dislexia é um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração. Atualmente, de acordo com a Associação Brasileira de Dislexia (ABD), esse problema atinge cerca de 17% da população mundial. Caso a criança ou o jovem apresente dificuldades para ler, escrever ou soletrar, é preciso buscar ajuda de um especialista para diagnosticar o distúrbio.

A psicopedagoga Ana Regina Caminha Braga alerta que aqueles que sofrem com esse transtorno não podem ser confundidas com pessoas preguiçosas ou desatentas. "O que acontece com a pessoa que tem dislexia é uma desordem das informações recebidas, que acabam inibindo o processo de entendimento das letras e interferindo na escrita e leitura", comenta a especialista.

Segundo a psicopedagoga, os sintomas da dislexia variam muito, inclusive em relação ao grau do distúrbio. "A criança com dislexia tem certa dificuldade em decodificar as letras. Os disléxicos não associam com facilidade símbolos gráficos e letras aos sons que representam", diz Ana Regina Braga. Outro problema relacionado a esse transtorno tem a ver com o diagnóstico, já que ele só consegue ser feito após a alfabetização da criança. Porém, a especialista lembra que a partir dos 4 anos a criança já pode dar alguns indícios de dificuldade.

Para chegar à análise adequada do problema são descartadas algumas possibilidades como a dificuldade ou deficiência visual e/ou educação inadequada. Após esse levantamento, inicia-se o tratamento, que geralmente acontece com a participação de uma equipe multidisciplinar composta por fonoaudiólogo, psicólogo e neurologista. Conforme Ana Regina, a dislexia pode ser tratada e acompanhada e, com isso, controlada de maneira eficaz já na infância, evitando que cause prejuízo na vida adulta.

A especialista afirma ainda que os professores precisam estar atentos às atitudes dos alunos, contribuindo para o diagnóstico da dislexia e para o devido tratamento. "O papel do professor é fundamental nesse momento, pois ele precisa estar atento às atitudes dos alunos e ao menor sinal de problema, isso deve ser repassado aos pais/responsáveis, para que essa criança possa ser encaminhada para o tratamento adequado e sem maiores prejuízos", diz Ana Regina Braga.

Os comentários não representam a opinião da revista e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação

Publicidade