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Estado de Minas BRASIL

Trineto de D. Pedro II lamenta incêndio do Museu Nacional

Para Dom Joãozinho, a tragédia causa mais revolta do que tristeza


postado em 03/09/2018 11:27 / atualizado em 03/09/2018 11:42

(foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil/Divulgação)
(foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil/Divulgação)
Em entrevista para a Rádio Nacional do Rio de Janeiro, Dom Joãozinho, o príncipe João Henrique de Orleans e Bragança, de 64 anos, trineto de D. Pedro II, afirma que o descaso das autoridadesfoi responsável pelo incêndio que atingiu o Museu Nacional. Para ele, houve negligência nos cuidados e na atenção ao local. D. Joãozinho frequenta o prédio desde criança e diz que o futuro do país também foi afetado pela tragédia. "Há culpados, sim, ao longo das últimas décadas. E tem nome: políticas públicas erradas", comenta o príncipe à Nacional nesta segunda, dia 3 de setembro.

Ele diz que vai emprestar peças do seu acervo particular para tentar restaurar parte das perdas ocorridas com o incêndio. "É uma vergonha. O sentimento é mais de revolta do que de tristeza", reclama D. Joãozinho. "Esse é um retrato do Brasil", acrescenta, indignado.

Para o príncipe, a responsabilidade é de todas as autoridades, sem exceção. "Os governantes têm obrigação de zelar pelo interesse público, sempre, pensando no futuro das gerações e do país. O nosso futuro foi às cinzas hoje. Isso é muito simbólico. É o descaso total das autoridades", completa.

Família real

Entre os 20 milhões de itens que estavam em exposição no Museu Nacional no Rio de Janeiro, havia várias coleções relacionadas à família real brasileira. Criado em 1818 por D. João VI, então rei de Portugal, o espaço continha acervos que vieram dos descendentes, como D.Pedro II, que foi responsável pela aquisição da maior coleção de múmias das Américas. No local, também estava o documento original da Lei Áurea, assinado pela princesa Isabel, filha de D. Pedro II, libertando os escravos em 1888.

"A família real brasileira nasce com o dever de servir o país independemente de quem é o governo. O homem público tem de ser um idealista", afirma Dom Joãozinho à rádio, ao ser questionado sobre o que o prejuízo representa para a família real brasileira.

(com Rádioagência Nacional e Agência Brasil)

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