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Estado de Minas MUNDO

Uma em cada três pessoas não tem acesso a água potável, diz estudo da OMS

A pesquisa também descobriu que mais de 2 bilhões de pessoas no planeta vivem em locais sem saneamento básico


postado em 24/06/2019 15:52 / atualizado em 24/06/2019 16:14

(foto: Unsplash)
(foto: Unsplash)
Apesar de o nosso planeta ter quase 75% de sua superfície coberta por água, infelizmente nem todo tipo desse líquido vital pode ser usado para matar a sede e solucionar problemas básicos da humanidade. Além disso, boa parte da população possui pouco ou nenhum acesso a água de acordo com um levantamento recente da Organização Mundial de Saúde (OMS).

A pesquisa apontou que água tratada não chega para 2,2 bilhões, e mais de de 3 bilhões não têm sequer água e sabão para lavar as mãos, por exemplo. Esses números são expressivos, uma vez que, respectivamente, representam 28,5% e 38,9% da população mundial, que é de 7,7 bilhões de pessoas, atualmente.

Apesar de assustadoras, essas estatísticas já foram piores. Segundo a OMS, no período entre os anos 2000 e 2017, cerca de 1,8 bilhão de pessoas passaram a ter acesso a água tratada e 2,1 bilhões a saneamento básico

Entretanto, mesmo com essa melhoria, a entidade admite que há muito a ser feito. "Os países precisam dobrar os esforços em saneamento ou nós não alcançaremos o acesso universal até 2030", disse a Dra. Maria Neira, diretora do departamento de saúde pública da OMS, ao site da organização.


A situação no Brasil também é preocupante. Segundo dados do Ministério das Cidades, cerca de 100 milhões de brasileiros não possuem coleta de esgoto nas suas casas e 35 milhões não têm acesso a água potável. Os nossos indicadores de acesso à água, saneamento e higiene são piores do que de outros países da América Latina, como Chile, Peru e México.

Mesmo sendo reconhecida pela ONU como um direito universal, o acesso a água e ao saneamento básico para todos ainda está longe de se tornar uma realidade. A diretora associada do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Kelly Ann Naylor, alertou, também em entrevista para o site da OMS, que, com esse quadro alarmante, "as famílias pobres que vivem em comunidades rurais são as que correm mais riscos de serem esquecidas". 




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