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Estado de Minas ESPECIAL NOVO CORONAVÍRUS

Escoteiros mineiros mantêm reuniões on-line

Grupos do estado são os primeiros do Brasil a criar estrutura virtual para continuar atividades em meio a pandemia


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Escoteiros: atividades ao ar livre como a da imagem estão suspensas e o jeito foi apelar para o digital(foto: Pixabay)
Escoteiros: atividades ao ar livre como a da imagem estão suspensas e o jeito foi apelar para o digital (foto: Pixabay)
Sempre alerta! Esse é o lema dos escoteiros há mais de 100 anos. E nesse período de pandemia do novo coronavírus, manter-se alerta significa seguir à risca as determinações de isolamento social para conter a disseminação da Covid-19. Afinal, já são milhões de infectados e centenas de milhares de mortos mundo afora. Só no Reino Unido, onde Baden-Powell criou o movimento escoteiro em 1907, mais de 20 mil pessoas morreram por causa da doença - e o número continua subindo. Mas como fazer para manter vivo o movimento se as reuniões não podem mais acontecer como no passado?

Todos os fins de semana mais de 140 grupos escoteiros reúnem-se em parques, escolas ou associações de Minas para jovens e adultos em conjunto realizarem uma série de atividades educativas, baseadas no método escoteiro. Quando o surto do coronavírus impediu repentinamente essas reuniões, chefes escoteiros se debruçaram sobre as possibilidades de continuarem juntos. E os grupos mineiros foram os primeiros do Brasil a encontrar uma solução contemporânea para a dificuldade. "Nos preocupava o fato de que a suspensão poderia causar um baque muito grande nos nossos jovens", afirma o funcionário público aposentado Marcos Magno Gomides Vieira, presidente da região escoteira de Minas Gerais. A saída foi transferir as atividades que eram feitas ao ar livre para o ambiente virtual.

Foi criado então o UaiFi, ambiente on-line com uma série de desafios. "A adesão foi muito boa. Entre 70 e 80% dos jovens entram no mesmo horário das reuniões para fazer o que os chefes propõem." Entre os desafios estão colocar o lenço dos escoteiros no pescoço sem usar as mãos, montar uma barraca de acampamento dentro de casa ou mesmo fazer uma fogueira sem colocar fogo nos móveis (nesse caso, era para usar uma lanterna). As atividades propostas tem como objetivo o desenvolvimento físico, intelectual, afetivo, social, espiritual e de caráter dos jovens. Cada objetivo superado significa uma progressão pessoal. Com a pandemia, até instituições centenárias precisam se reinventar.

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