Empresa mineira entrega primeiros respiradores para o governo estadual

Logo quando as primeiras notícias sobre a pandemia do novo coronavírus começaram a aparecer por aqui, os proprietários da companhia mineira Tacom, especializada em desenvolvimento, produção e manutenção de soluções para o transporte público, como o sistema de bilhetagem eletrônica, começaram a pensar em como poderiam adaptar sua fábrica para ajudar a evitar um possível colapso no sistema de saúde brasileiro. A empresa decidiu, então, montar o projeto Inspirar e adaptar sua expertise para criar um respirador artificial inteligente de baixo custo e rápida produção.

Nesta sexta-feira (dia 14) foi doado o primeiro lote de 200 respiradores ao governo do Estado. Nas próximas semanas a Tacom irá entregar o restante dos 1,5 mil equipamentos financiados por um programa da Fiemg. "Nossa estrutura permite produzir até 7,5 mil respiradores nos próximos três meses, que poderão ser destinados a outros estados e até outros países", diz um dos sócios da empresa, Marco Antônio Tonussi Rodrigues. O equipamento foi homologado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no início de agosto.

Além de suprir a falta de respiradores artificiais, os equipamentos "inteligentes", que não precisam de uma pessoa operando-os o tempo todo, liberam médicos, enfermeiros e fisioterapeutas de UTI capacitados para atuar no procedimento de ventilação mecânica. Reduz ainda deslocamentos dentro do hospital, pois permite o monitoramento remoto dos aparelhos de cada leito, e evita o vazamento de ar contaminado expirado pelos respiradores convencionais. O equipamento fica conectado a um centro de controle e a um display de 10 polegadas touch screen que pode ser programada pelo médico. Além da Fiemg, estão entre os apoiadores a consultoria Accenture, Fhemig, Hospital Mater Dei, Santa Casa de Misericórdia de Barbacena, Hospital Madre Teresa, Rima, Montec e Multilaser.