O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, enviou um pedido à Procuradoria-Geral da República (PGR) na última quarta, dia 5 de dezembro, pedindo que a PGR tome providências sobre o caso envolvendo o ministro Ricardo Lewandowski e um advogado durante um voo da Gol que saiu de São Paulo (SP) em direção a Brasília (DF).
Em um comunicado enviado à procuradora-geral da república Raquel Dodge, Toffoli ainda informa que fez o mesmo pedido ao ministro da Segurança Pública Raul Jungmann. No texto do ofício, o presidente cita "ofensas dirigidas ao Supremo".
O caso envolveu o advogado Cristiano Caiado de Acioli, de 39 anos. Na manhã de terça (4), conforme vídeo divulgado na internet, Acioli estava sentado próximo ao ministro, na primeira fila do avião, e chama por Lewandowski, que mexia no celular na mesma fileira. Em seguida, o advogado diz: "Ministro Lewandowski, o Supremo é uma vergonha, viu? Eu tenho vergonha de ser brasileiro quando vejo vocês".
Incomodado, o ministro do STF pergunta ao passageiro: "vem cá, você quer ser preso?". Em seguida, Lewandowski manda chamar a Polícia Federal (PF). O advogado retruca: "Eu não posso me expressar? Chama a Polícia Federal, então".
Um agente da PF chegou a ir até a aeronave, mas após o advogado se comprometer a manter a calma, o voo seguiu seu curso. Ao pousar em Brasília, entretanto, o advogado foi abordado por policiais federais próximo à esteira de bagagens e encaminhado a prestar depoimento.
(com Agência Brasil)