Deputados confirmam problemas no Instituto de Educação de MG, que precisa de reformas

Uma das escolas mais tradicionais do estado, o Instituto de Educação de Minas Gerais (IEMG) está passando por sérios problemas na estrutura de sua sede, um prédio centenário e tombado pelo patrimônio estadual, localizado na rua Pernambuco, entre as avenidas Afonso Pena e Carandaí, no centro de Belo Horizonte.

As irregularidades foram confirmadas pela Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em uma visita solicitada à junta pela diretora da instituição, Alexandra Morais. Estiveram presentes no IEMG, na sexta-feira (8 de novembro), os deputados estaduais Bartô (Novo) e Beatriz Cerqueira (PT), que é presidente da comissão, além do deputado federal Rogério Correia (PT). Eles receberam um pedido de apoio da diretora, no sentido de direcionar verbas para o colégio e cobrar do Governo de Minas dinheiro para reforma.

Na ocasião, Alexandra Morais disse aos parlamentares que a escola, maior de Minas Gerais em espaço físico e número de alunos, já chegou a ter, no ano de 2016, cerca de quatro mil estudantes matriculados, porém, segundo ela, esse número caiu muito, sendo de aproximadamente três mil, atualmente. Ainda de acordo com a diretora, outros fatores contribuíram para essa evasão, mas a falta de manutenção das dependências do IEMG é um dos principais motivos. Isso porque algumas salas de aula e banheiros estão em situação precária e chegaram a ser interditados, o que levou muitos pais a transferirem seus filhos para outras instituições de ensino.

Outro exemplo dos problemas estruturais da escola, constatado pelos deputados, é o auditório, que, em funcionamento, comportava 500 pessoas, mas, abandonado, tornou-se moradia para pombos, além de estar com cadeiras, piso e palco em péssimas condições. A diretora afirmou, aos deputados que visitaram o IEMG, que são necessários, pelo menos, R$ 42 mil para reformar o espaço. 

Beatriz Cerqueira, que estudou na escola, lamentou a situação. "Aqui no Instituto de Educação, onde cursei magistério, nos deparamos com problemas de infraestrutura, necessidade de mais professores e de outros profissionais como psicólogos e assistentes sociais", disse a deputada ao site da Assembleia.

O deputado Bartô destacou que, infelizmente, o que está ocorrendo com o IEMG é comum nas intituições de ensino públicas. "Todos os prédios escolares estão assim, devido à destruição pela qual o Minas Gerais passou em governos anteriores", afirmou o parlamentar, ainda em entrevista ao site da casa legislativa.

Apesar de apontar os diversos problemas existentes na escola, Alexandra de Morais comemorou, durante a visita dos parlamentares, o fato de a administração estadual estar realizando obras no IEMG este ano. Ainda de acordo com ela, já foram investidos, pelo governo, R$ 280 mil, dinheiro destinado a reformas numa área da instituição que não é tombada.

Entretanto, segundo a diretora, a tarefa mais difícil será a restauração do prédio principal, que é histórico. Ela lembrou que, para realizar intervenções na edificação, além da liberação de verba, devem ser cumpridas exigências junto ao patrimônio estadual. 

Alexandra de Morais disse, também aos deputados, que o Ministério Público de Minas Gerais  acionou o governo para que todas as reformas sejam feitas. A administração estadual, por sua vez, prometeu que, em seis meses, contados a partir de setembro deste ano, serão liberados cerca de R$ 25 milhões para que as dependências do IEMG sejam revitalizadas.

(Com informações do site da Assembleia Legislativa de Minas Gerais)

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