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Estado de Minas NOVO CORONAVÍRUS

BH não avança na reabertura do comércio

Kalil decide não voltar atrás, mas também não passa para nova etapa no plano de flexibilização devido aos índices relativos à Covid-19 monitorados pela prefeitura


postado em 12/06/2020 16:00 / atualizado em 16/06/2020 16:00

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil(foto: PBH/Divulgação)
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (foto: PBH/Divulgação)
BH aperta o pause na reabertura da cidade e não prossegue com flexibilização. É o que anunciou o prefeito Alexandre Kalil em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira. Kalil tem seguido à risca sua fala anterior de que só estaria nos anúncios semanais sobre o andamento da reabertura caso a notícia não fosse boa. Apesar de não ter decidido voltar atrás em setores já reabertos, também não autorizou avanço de nova etapa. 

O secretário municipal de saúde, Jackson Machado, disse que se assustou com os números monitorados pelo Comitê de Enfrentamento  à Covid-19 esta semana. A taxa de ocupação de leitos de UTI está em 74% (zona vermelha), a de leitos em enfermaria em 58% (zona amarela) e o índice de transmissão em 1.19 (também amarela). “Esta semana ficamos de cabelo em pé com indicadores da cidade. Estamos com muito medo e qualquer processo de reabertura vai depender desses números”, afirmou. 

Ainda segundo Machado, outros fatores levados em conta na decisão foram os dados do resto de Minas Gerais, além da informação de que fornecedores de anestésicos estão com estoques baixos em todo o país. “Temos hospitais diminuindo o número de cirurgias por indisponibilidade de anestésico. Se houver aumento exagerado e súbito no número de pessoas que precisem, por exemplo, ser intubadas, isso vai acarretar em desgaste do sistema de saúde”, explicou. 

Quanto à disponibilidade de leitos, o secretário afirmou que não há dificuldade de internar pacientes belo-horizontinos na capital. Contudo, disse que entrou em contato com o secretário de saúde do estado, Carlos Eduardo Amaral, pedindo que tomasse providências no sentido de que seja logo inaugurado o hospital de campanha (que fica em BH, mas é de gestão estadual). “Se não for aberto, pessoas vindas do interior vão pressionar os hospitais de BH, o que não é correto segundo a hierarquia do SUS”. 

Outro dado novo divulgado na coletiva foi a porcentagem de profissionais da saúde positivados para Covid-19. Foram testados 2328, dos quais 171 tiveram confirmação da doença, o que representa 7%. “Temos que comemorar. Na Espanha, esse índice foi de 14% e na Itália, 10%”, afirmou Machado. Ele disse, ainda, que são feitos, hoje, 100 exames PCR (para detecção do vírus) por dia, o que vai aumentar para 430 na semana que vem. E que serão testados, ainda, profissionais que trabalham em supermercados. 

O prefeito também falou sobre números relativos a enterros na cidade, em cemitérios municipais, em 2019 e 2020, independentemente da causa de morte. Disse que em março do ano passado foram 792 e deste ano, 933. Já em abril, 802 no ano passado e 783 este ano, e em maio, 970 para 2019 e 851 em 2020. Isso significa que houve queda no número de sepultamentos nos últimos dois meses, em relação ao ano passado.


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