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Descubra a relação entre neurociência e falar bem em público

Fonoaudiólogo e professor de oratória Rodrigo Moreira explica como entender o funcionamento do cérebro ajuda uma pessoa a se tornar um bom comunicador


postado em 10/11/2021 15:56 / atualizado em 10/11/2021 23:40

(foto: Freepik)
(foto: Freepik)
Certamente, entre os medos mais comuns do ser humano está o ato de falar em público. São muitos os relatos de pessoas que suam frio, gaguejam, esquecem o que iam dizer ou, até mesmo, sofrem indisposição intestinal devido ao nervosismo provocado por saber que precisa realizar esse tipo de tarefa desafiadora e às vezes obrigatória, seja por questões profissionais, de estudos ou até mesmo sociais. Por isso, é importante entender os motivos de termos esse medo de falar em público e como podemos superá-lo.

O fonoaudiólogo e mentor de oratória Rodrigo Moreira:
O fonoaudiólogo e mentor de oratória Rodrigo Moreira: "Mesmo os oradores autodidatas necessitam entender que existem limites ao falar em público, pois passar do ponto pode causar constrangimentos e arruinar a performance" (foto: Divulgação)
Com 25 anos de experiência, o fonoaudiólogo e mentor de oratória Rodrigo Moreira revela que o "caminho das pedras" para falar em público com tranquilidade é entender um pouco do funcionamento do nosso cérebro e como nosso corpo reage aos impulsos enviados pelo sistema nervoso. Por isso, segundo ele, conhecer alguns fundamentos de neurociência é essencial. Idealizador, fundador e diretor do Instituto Brasileiro de Oratória, ele criou o método Falar Melhor, que inclui conhecimentos de neurociência para, como ele mesmo define, "transformar pessoas em comunicadores seguros e confiantes".

Para Rodrigo Moreira, quem quer falar melhor em público ou simplesmente perder o medo de realizar essa ação, precisa, primeiramente, compreender que tudo o que acontece de ruim com o corpo nesses momentos é uma resposta do organismo a reações químicas provenientes do sistema nervoso. Ele explica que o cérebro é dividido em três andares, sendo o primeiro denominado tronco encefálico: "Essa região, que fica dentro do pescoço, é a mais primitiva que temos, a mais instintiva. É responsável por controlar o funcionamento dos órgãos e pelas reações psicossomáticas. É o tronco encefálico que gera sudorese, tremores e outras reações negativas quando alguém não preparado precisa falar em público. A pessoa literalmente entra em pânico", diz.

O segundo andar do cérebro, citado por Rodrigo Moreira, é o sistema límbico, de onde vêm as memórias emocionais e operacionais. "Quando alguém que já sofreu traumas relacionados ao convívio social - como bullying e deboches em apresentações na escola ou no trabalho - vai falar em público, ela só lembra desses momentos ruins. A soma disso com o que ocorre no tronco encefálico gera uma descarga de neurotransmissores do estresse - a adrenalina e o cortisol - que vão fazer com que essa pessoa tente lutar contra a situação ou fugir dela", conta Rodrigo. No primeiro caso, segundo ele, o orador vai querer apenas se livrar da situação, falando muito rapidamente, por exemplo, para que aquela situação termine logo. No segundo caso, pode ocorrer disfonia psicogênica (perda da voz), o famoso branco e até indisposição intestinal, explica o fonoaudiólogo e mentor de oratória.

Rodrigo Moreira revela que o segredo para que essas situações negativas sejam minimizadas e uma pessoa esteja preparada para falar em público está em dominar o terceiro andar do cérebro, o córtex pré-frontal: "É uma região responsável pelo pensamento estratégico, pela tomada de decisões. Quando alguém procura meu treinamento de oratória, o que faço é ajudar a ativar esse setor do cérebro, para que ele domine os outros andares e o medo de falar em público seja perdido", explica.

Ele comenta, ainda, que até mesmo as pessoas que já possuem habilidades para falar em público precisam de treinamento. "Nesses casos, muitas vezes, é como uma Ferrari com os pneus carecas - ou seja, têm potência, mas tem controle. Mesmo os oradores autodidatas necessitam entender que existem limites ao falar em público, pois falar demais e sem controle pode causar constrangimentos e arruinar a performance", alerta Rodrigo Moreira.

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