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Estado de Minas ESPECIAL BAIRROS | BARREIRO

Toque feminino no mundo sertanejo

Dupla revelação que tem integrante do Barreiro faturou prêmio na TV e concorreu ao Grammy Latino com ninguém menos que Roberto Carlos e Caetano Veloso


postado em 30/05/2014 15:42



Preocupação com a mensagem:
Preocupação com a mensagem: "Jamais vão nos ouvir cantando algo como Ai, se Eu Te Pego, ai, ai" (foto: João Carlos Martins/Encontro)
A disputa da melhor canção brasileira de 2013 do Grammy Latino teve uma peculiaridade. Roberto Carlos acabou faturando o prêmio com a música Esse Cara Sou Eu, mas, ao lado de outros concorrentes como Gilberto Gil, Caetano Veloso, Arlindo Cruz e Djavan, estavam Bruna e Keyla, duas mineiras, cantoras de música sertaneja, que nem sabiam que haviam sido indicadas para disputar uma das categorias da maior premiação da indústria da música latina.

Ao receberem a notícia, as duas estavam em um hotel em Uberlândia, descansando após um show, quando Keyla viu comentários na fan page da dupla no Facebook. Ela achou que era uma pegadinha. “Só acreditamos quando consultamos a página oficial do Grammy. Aí foi uma farra só! Começamos a pular na cama do hotel e a jogar travesseiros para o alto”, lembra Keyla Vilaça, nascida e criada no Barreiro, que aos 13 anos já tocava gaita e violão e se apresentava em bares, escondida dos pais.

Antes do Grammy, a bela dupla mineira já tinha chamado a atenção ao desbancar 64 concorrentes e vencer o concurso Mulheres que Brilham, do programa Raul Gil, em 2012. Como prêmio, um contrato com a Sony Music e a gravação do CD com a música Vem me Completar, que já tem clipe com mais de 440 mil visualizações no Youtube e participação do cantor Eduardo Costa. Agora, o plano é gravar um DVD. “Acredito que, se estamos num bom caminho, é porque tivemos uma grande sintonia juntas”, avalia Keyla.

Antes de se encontrarem, Keyla Vilaça e Bruna Braga, ambas de Belo Horizonte, começaram a cantar cedo. Aos 15 anos, Keyla ganhou um concurso realizado por um shopping no Barreiro e conheceu o empresário Mauro Satter. “Pedi a ele uma oportunidade e passei a tocar toda semana lá. Conheci a Paula Fernandes, que também tocava para alegrar o happy hour”, conta a sertaneja, que chegou a ser finalista do programa Ídolos, do SBT, em 2007.

Bruna já soltava a voz no canto lírico aos 10 anos. Foi solista na basílica de Lourdes, passou por programas de auditório e por três anos morou em Salvador, onde cantou numa banda de axé. Em 2011, reaproximou-se do sertanejo, estilo com o qual sempre se identificou. “Quando voltei a BH, queria fazer um sertanejo descontraído e, como mulher, me preocupava com a mensagem. Jamais vão nos ouvir cantando algo como ‘Ai, se eu te pego ai, ai’. Não queria nada apelativo”, conta.

Para o empresário Mauro Satter, o profissionalismo da dupla é um dos fatores que explica o sucesso. “Conheci a Keyla em 2000, num momento em que estava desanimada, mas a direcionei para alguns trabalhos e isso a ajudou a recarregar as energias. Lido com mais de 300 músicos, e poucos são tão profissionais quanto ela”, elogia.

E para os marmanjos de plantão que admiram a voz e a beleza da dupla, fica o alerta: Bruna se casa em maio, mas Keyla está à procura de um grande amor, igualzinho àquele das músicas que canta.

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