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Estado de Minas MúSICA

Michel Teló volta a BH para o show do novo disco

Além de seus sucessos, incluindo o hit Ai se Eu Te Pego, que já apareceu de volta na Copa do Mundo, em comemorações de algumas seleções, o cantor sertanejo apresenta, na capital, o repertório do DVD Na Balada Sunset


postado em 05/07/2014 09:21

Em 2011, o mundo todo ficou curioso com a música brasileira Ai se Eu Te Pego, que virou hit no YouTube e era interpretada por jogadores de futebol e até por militares israelenses. O responsável pelo sucesso, o cantor paranaense Michel Teló – que cresceu e viveu no Mato Grosso do Sul – talvez não imaginaria que, de integrante do grupo Tradição, em 1994, se tornaria conhecido internacionalmente, anos mais tarde.

"O mundo todo é conectado pela internet, e as pessoas escolhem as músicas que querem ouvir. Existem muito mais opções, hoje, o que é uma oportunidade e, também, um desafio para o artista", diz o cantor sertanejo em entrevista a uma publicação da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI). Aliás, seu hit Ai se Eu Te Pego, em 2012, figurou na sexta posição do ranking de venda de músicas digitais dessa instituição mundial que representa as gravadoras. Com 7,2 milhões de cópias 'baixadas', a composição, que faz parte do álbum Na Balada, só ficou atrás de sucessos de artistas como Psy, Maroon 5 e Carly Rae Jepsen.

Agora, Michel Teló, que em 2013 venceu duas categorias das sete em que foi indicado no prêmio Billboard Latin Music Awards, retorna a Belo Horizonte para fazer o show do seu novo disco, Na Balada Sunset. Em entrevista à Encontro, ele fala sobre a carreira, Copa do Mundo e, claro, o que o público pode esperar de sua apresentação na boate Wood's.

Encontro - Você começou a cantar profissionalmente na banda Tradição, tocando, principalmente, em bailes e festas. O quê essa experiência significou para sua carreira solo?
Michel Teló - Na verdade, comecei a cantar com 12 anos num grupo chamado Guri. Fazíamos bailes e festas, e eu tocava sanfona e cantava músicas como Galopeira e Nuvem de Lágrimas. Desde então, essa experiência me ajudou a saber o que queria para minha carreira, ou seja, a entender que gostava do palco. Depois, claro, com o Tradição, aprendi o lado profissional, e a produzir um disco, a cuidar da carreira, da turnê, enfim, a ter experiência no mercado mesmo.

É verdade que a cidade em que você cresceu, Campo Grande, é uma inspiração para suas composições? Ela tem a essência sertaneja?
É verdade, sim. Tenho até o 'R' puxado de Campo Grande também. Mas tenho uma grande influência da música gaúcha, já que meus pais são de lá, e eu cresci ouvindo composições do Rio Grande do Sul. O sertanejo, em Campo Grande, é muito forte, assim como no Triângulo Mineiro e em Goiânia.

Em 2011, a música Ai se Eu Te Pego estourou no Brasil e no mundo, além de ter virado hit no YouTube. Até hoje você ainda colhe os frutos desse sucesso?
Ainda colho, claro. O que aconteceu com essa música, é difícil de acontecer com qualquer um. Eu costumo dizer que é uma coisa de Deus. Eu sempre falo isso. É uma benção, um presente. Houve muita luta e muito trabalho, mas, muita gente que vive trabalhando, buscando, lutando, não consegue. Tenho a consciência de que o mais importante é saber manter o trabalho. É uma coisa natural querer dar continuidade ao trabalho e lançar outros sucessos. Sigo trabalhando muito para isso.

Cada vez mais vemos duplas e cantores sertanejos surgindo no cenário musical brasileiro. Existe espaço para todo mundo?
O sertanejo tem muitas vertentes, e existe espaço para todo mundo que fizer seu trabalho com verdade. Ele vai se renovando e é natural que surjam outros artistas. O sertanejo faz parte da cultura de nosso país. E tanto as duplas mais antigas, quanto os artistas mais novos, podem ter espaço, se souberem trabalhar.

Até na Copa do Mundo de 2014 algumas seleções comemoraram no ritmo de Ai se Eu Te Pego. Porque você ficou tão ligado ao futebol?
Acredito que seja por conta da música Ai se eu Te Pego ter estourado através do futebol. Fico feliz em ver as seleções comemorando ao som de minha música.

Aliás, você tem acompanhado os jogos do mundial da Fifa?
Tenho sim. Estive em alguns e estou muito feliz de ver a Copa em nosso país.

O que o público pode esperar de seu novo show, do disco Na Balada Sunset?
Já estamos viajando há mais de um ano com a turnê do DVD Sunset, e tem sido uma delícia ver a turma se divertir por onde tocamos. Com esse disco, quis mostrar um Michel Teló mais romântico. O show mostra isso, também, com as músicas Maria e Se Tudo Fosse Fácil. Mas, não vou deixar de 'colocar' a turma para dançar, já que isso é uma característica dos meus shows. Vim do baile e gosto de ver o público se divertir. Nesse disco, existe muita 'balada', e ela também vai para o show, como nas músicas É Nóis Fazê Parapapá, Levemente Alterado e Amiga da Minha Irmã. Em um momento do show, faço um número cantando e tocando de tudo, desde Guns and Roses, passando pelo tema do filme Missão Impossível, pelo Tema da Vitória, do Ayrton Senna, até música argentina, árabe, japonesa, um medley mesmo. E tudo na sanfona. É uma brincadeira que eu gosto de fazer para mostrar o quão eclética é a sanfona.

Como você classifica os fãs mineiros? Podemos dizer que Belo Horizonte é uma cidade sertaneja?
O público mineiro sempre me recebeu muito bem, e são bastante animados, festeiros, do jeito que eu gosto. Estou com saudades de colocar a turma 'prá' dançar e se divertir. Belo Horizonte é uma cidade sertaneja, sim. Espero que lotem a Wood's e que a gente se divirta muito juntos.

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