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Estado de Minas ARTE

Ricardo Carvão também está ligado à decoração de interiores

O artista plástico paraense, reconhecido por suas esculturas robustas, espalhadas em vários pontos turísticos da capital mineira, está se tornando também um parceiro de arquitetos e designers, criando obras para residências e ressaltando o valor das formas


postado em 23/07/2014 13:45 / atualizado em 23/07/2014 14:01

Talvez você não saiba quem ele é, mas convive diariamente com suas gigantescas esculturas, espalhadas por vários pontos de Belo Horizonte. O artista plástico Ricardo Carvão, de 65 anos, sendo 42 de carreira, é um apaixonado por formas e assina vários cartões postais da cidade. Entre as mais emblemáticas estão o Monumento à Liberdade, na praça da Liberdade, O Voo, no aeroporto de Confins e o Monumento à Paz, na praça do Papa, no bairro Mangabeiras. Agora, em uma nova fase, Carvão tem levado suas criações artísticas para dentro das casas, integrando esculturas exclusivas a projetos de decoração.

O sucesso ao longo dos anos é definido com poesia pelo escultor: "O segredo é não correr atrás das borboletas, é cuidar do jardim para que elas venham até você". Nascido em Belém do Pará, mudou-se para Belo Horizonte aos 15 anos, e é tido como um artista versátil. Começou a criar com couro, depois experimentou o aço, e quebrou paradigmas com madeira, papel, vidro e mármore.

Autodidata e bastante meticuloso em seu processo criativo, Carvão atraiu os olhares dos amantes das curvas e expandiu sua obra para 'interiores'. "Trabalhar ao lado de arquitetos e designers é meu novo desafio. O processo de criação é diferente, gosto de ir até o local para sentir o ambiente. Muitas vezes tenho insights e faço algo exclusivo, que se integra perfeitamente ao espaço", conta. Além da estética, ele assegura que as esculturas dentro de uma casa trazem alívio para o dia a dia estressante da capital: "Meu ateliê é na minha casa. Sei o quanto é bom passar horas apreciando a arte".

O arquiteto mineiro Luis Fábio Resende já fez algumas parcerias com Carvão e lembra que a arte sempre foi muito bem aceita nos projetos. Para ele, as possibilidades de composição se ampliam quando se unem à arte contemporânea. "As obras não precisam ser da mesma época e possuir o mesmo estilo ou dimensões, mas a afinidade estética entre elas é fundamental", explica o profissional. Na concepção de um projeto, Luis Resende tenta estabelecer um diálogo entre tons, simetrias e a gama de cores. Trabalhar ao lado de alguém que já tem uma obra consolidada, é um diferencial: "Quando conhecemos o artista, a harmonia é certa".

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