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Estado de Minas MúSICA

Rionegro e Solimões fazendo a "terra tremer"

A dupla que tem mais de 25 anos de carreira, lança nova música e fala à Encontro sobre o mercado de música sertaneja


postado em 04/11/2014 18:19 / atualizado em 05/11/2014 10:19

A dupla Rionegro e Solimões está na estrada há 25 anos:
A dupla Rionegro e Solimões está na estrada há 25 anos: "Para conservar o que se conquistou, é preciso lutar muito", diz Solimões (foto: Divulgação)
José Divino Neves (Rionegro) e Luiz Felizardo (Solimões) são naturais da cidade de Claraval, no sul de Minas Gerais, e começaram a tocar juntos em 1982, no estado de São Paulo. De lá pra cá, não faltaram sucessos no currículo de uma das mais populares duplas sertanejas do Brasil.

A Gente se Entrega, Na Sola da Bota, De São Paulo a Belém e Bate o Pé são algumas canções que ainda fazem sucesso entre os fãs do estilo musical. A dupla, que escolheu o nome de dois grandes rios da bacia amazônica, vem se adaptando ao mercado e as violas caipiras, hoje, se misturam com violinos e com a batida mais pop.

Rionegro e Solimões acabaram de lançar o disco O Cowboy Vai Te Pegar, no final do ano passado, e as rádios não param de tocar sucessos como Deu Paixão, A Noite é uma Criança e Romântica. Agora, no início de novembro, os cantores acabam de apresentar ao público um novo single, chamado Melhor Beber Do Que Chorar (veja o videoclipe abaixo), que fala sobre uma forma diferente de lidar com o fim de um relacionamento, ou seja, se o amor não deu certo, o jeito é partir para a bebida.

A dupla sertaneja se apresenta em Belo Horizonte, na boate Woods, e em entrevista exclusiva à Encontro, Solimões fala sobre o show e o mercado musical. Confira!

Encontro – Como é voltar a fazer show em BH?
Solimões – Graças a Deus estamos aí, batalhando, lutando, com vários anos de estrada. Temos feito shows pelo Brasil afora, e mais uam vez chegamos aqui em Belo Horizonte. Para nós é uma emoção, e cada vez é diferente. E pela primeira vez estamos nos apresentando na casa especializada em sertanejo, uma das mais conceituadas do país.

Temos várias casas especializadas em sertanejo na capital mineira. É uma tendência?
Eu acho que na música sempre teremos os conservadores, que são até necessários para manterem vivas as raízes de cada estilo. Se não tivermos essas pessoas, o gênero musical pode até morrer e virar uma coisa só. A música, porpularmente falando, se unificou. Todo mundo está cantando de um tudo. Antigamente havia as separações entre jovem guarda, sertanejo, samba, e outros estilos. Hoje o brasileiro curte todos os ritmos. O sertanejo, hoje, está no Brasil inteiro, mas misturado com outros gêneros. A gente está cantando muitas coisas parecidas com as da época da jovem guarda, com mesma batida e sonoridade. A música sertaneja evoluiu e fomos conquistando nosso espaço. A base disso tudo foi feita pelos caipiras, da roça mesmo. Estamos apoiados sobre uma base que foi feita quando as estradas ainda eram ruins. Hoje temos avião, os carros são bons. E tudo que temos foi feito por quem andou de trem, de "dinossauro".



Essa raiz caipira ainda continua viva, não é? Mesmo com a suposta divisão feita pelo "sertanejo universitário"?
Hoje está tudo misturado. Na verdade, não foram os universitários que criaram a música caipira. Ela é que chegou à universidade. A viola é que conquistou a academia. Isso é muito bom. Uniu força. O importante para nós é que tudo é sertanejo. O que vale é ser feliz. cada um fazendo do seu jeito, o que gosta.

O lançamento do disco O Cowboy Vai Te Pegar foi um sucesso, não é?
A gente vem fazendo o trabalho de divulgação de 2013 até hoje. As músicas Deu paixão, A Romântica, O Cowboy Vai Te Pegar, O Que Você Não Faz, O Cavalão Fica Doidão, bombaram nas rádios. Agora, estamos lançando Melhor Beber Do Que Chorar.

O quê os mineiros podem esperar do show em BH?
Muita gente já conhece o perfil de Rionegro e Solimões, e vamos trazer músicas novas e os maiores sucessos de nossa carreira, como Na Sola da Bota, Bate o Pé e A Gente se Entrega. Sem faltar a expressão de romantismo e muita alegria, que gostamos de passar para o público.

Uma curiosidade: vocês foram convidados por um site de classificados online para faezr um comercial engraçado, como já fizeram Tiririca e o cumpadre Washington, do É o Tchan. Como foi esse convite?
Melhor no deles do que no nosso, né? [risos] Isso é mais um passo que damos na carreira. Para mim, foi uma surpresa. De tempos em tempos, enquanto estamos na correria dos shows, essas coisas vão acontecendo. Foi muito importante, já que passa em todos os meios de comunicação, inclusive no horário nobre. É uma coisa que fazemos paralelamente à música, e soma para nossa carreira.

Vocês devem ter sido escolhidos por serem muito populares, não é?
Nós temos uma boa base formada. Quando se trabalha com dignidade e honestidade, e procura passar só boa energia para as pessoas, e está sempre em ação, essas coisas acontecem. Jamais podemos pensar que 'do tamanho que está tá bão'. por que daí se começa a andar para trás. Comela a comer o que produziu. Para conservar o que se conquistou, é preciso lutar muito. O tempo vai passando, o corpo vai perdendo um pouco da habilidade, mas a experiência vai substituindo o que falta. Graça sa Deus está tudo bem. A voz, a cada dia que passa, achamos que melhora, mas chega numa certa idade que o povo começa a perceber que não é mais a mesma. É como um atleta. Apesar de que a música não tem idade. E a terra vai tremer!

Ouça o recado exclusivo do Solimões para os fãs mineiros:

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