Muitas pessoas interpretaram a apresentação de Beyoncé como desrespeito, uma afronta à polícia, pelas referências ao movimento e à hashtag #BlackLivesMatter. Em determinado momento do clipe, um menino negro dança em frente a um cordão de policiais. "Parem de atirar em nós" aparece pixado em um muro no vídeo.
Além disso, as meninas que acompanharam Beyoncé no palco estavam todas com roupas de couro, pretas e black power: a apresentação foi cheia de referências ao black power, um ode à cultura negra dos Estados Unidos.
Confira o polêmico clipe:
"I like my baby hair, with baby hair and afros. I like my Negro nose with Jackson Five nostrils", diz a letra. Em tradução livre, seria: "Eu gosto de meu cabelo pueril, meu cabelo pueril e afro. Eu gosto de meu nariz negro com as narinas do Jackson Five".
No clipe, ela mostra uma imagem do Martin Luther King e, em vários momentos, faz referência à cultura creole, do sul dos Estados Unidos.
No final da apresentação, as dançarinas aproveitaram para fazer um protesto e homenagem a Mario Woods, jovem negro morto pela polícia de São Francisco. No último ano, foram dezenas de casos similares ao de Mario, em que jovens inocentes acabam mortos por policiais.
Em resposta ao boicote, muitos internautas defenderam a cantora: "As pessoas que querem #BoycottBeyonce por Formation são parte do problema que ela canta na música", opina uma usuária no Twitter.
Beyoncé se apresentou na edição especial dos 50 anos do Superbowl ao lado da banda Coldplay e do cantor Bruno Mars.