Como mostra a coluna Notícias da TV, do UOL, escrita pelo jornalista Daniel Castro, em 2016, a Globo resolveu mexer no formato do Vídeo Show depois da saída de Mônica Iozzi, ex-CQC. Além disso, como a cantora Maíra Charken estava dando um "resultado ruim" à frente do programa, a emissora carioca decidiu criar uma espécie de "rodízio" de apresentadores da atração. Enquanto o ator Otaviano Costa ficou fixo na bancada, Alinne Prado revezava com Joaquim Lopes, Rafael Cortez, Susana Vieira e a própria Maíra. Mais tarde, a jornalista foi demitida.
O desabafo de Alinne Prado veio após a estreia das novas apresenatdoras do Vídeo Show, na segunda, dia 16 de julho. A atração global passou a ter o comando das ex-BBBs Fernanda Keula, Vivian Amorim e Ana Clara Lima e da atriz Sophia Abrahão. O público reagiu bem ao quarteto animado, incluindo a própria jornalista que já esteve à frente do programa. "Não é nada contra as meninas do Vídeo Show. Inclusive as sigo e sou fã delas. É contra a colonização do nosso imaginário. Só podenos aparecer na TV se for em situação de subserviência e sofrimento. E sempre como cota. É contra acharmos que não existe racismo. Que tudo isso é 'mimimi'", diz Alinne em publicação feita na quinta, dia 19 de julho, em sua conta oficial no Instagram.
Em nota enviada ao colunista Daniel Castro, a Globo tentou explicar os motivos da demissão de Alinne Prado. "A trajetória de Alinne Prado na Globo por si só mostra que essa acusação não procede. Durante seis anos, Alinne Prado passou por quatro programas na Globo. E em todos pôde atuar em diferentes funções, como repórter ou apresentadora [...] Em 2015, Alinne teve a oportunidade de integrar o time do Vídeo Show fazendo reportagens e apresentando o programa, onde permaneceu até 2017. Com os ajustes no Vídeo Show, Alinne ainda foi escalada para trabalhar na equipe de reportagem do Mais Você, no ano passado, por dois meses. Após essa passagem pelo programa, seu contrato chegou ao fim e não foi renovado, numa dinâmica comum a qualquer outro profissional ou empresa", diz a emissora fundada pelo jornalista Roberto Marinho em 1965.
Apesar das explicações da Globo, muitos dos 67,8 mil seguidores de Alinne no Instagram concordaram com o desabafo feito por ela. "Além do racismo dessa emissora ser explícito, no caso dessas meninas que entraram, conta o número de seguidores no Instagram, mesmo que você seja uma apresentadora melhor e com qualidade. Nada contra elas, mas você arrasava, uma pena", comenta a usuária @renatinhahcorrea, na rede social de imagens. "Coragem imensa expor isso! Estamos com você, irmã!", diz o perfil @shei_linda. "Caracas, como que pode? Justamente a Globo, que friza esse assunto quase toda semana? Em pleno século XXI? Sinceramente, lamentável. Força, @alinnepradooficial!", afirma a usuária @dayane_emanuella. "Cada vez mais eu sinto nojo dessa emissora. NOJO! Eles não têm um pingo de respeito por ninguém. Só querem o que lhes convém, e o resto que se lasque. Querida @alinnepradooficial sinto muito por você ter passado por isto, mas não fique triste. Agradeça a Deus. Você se fortaleceu ainda mais e se livrou de um lugar sombrio, maldoso, sujo", reclama a internauta @gilmaelidio, no Instagram.