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Estado de Minas TECNOLOGIA

Brasileiros criam sensor de vitamina C

Com um simples papel é possível medir a concentração de ácido ascórbico em diferentes produtos


postado em 01/12/2015 11:12

Com o medidor de vitamina C, o produtor rural poderá saber se as frutas cítricas estão prontas para a colheita(foto: Pixabay)
Com o medidor de vitamina C, o produtor rural poderá saber se as frutas cítricas estão prontas para a colheita (foto: Pixabay)
Pesquisadores brasileiros desenvolveram recentemente um método simples e rápido para a medição do teor de ácido ascórbico, mais conhecido como vitamina C, em amostras como extratos de frutas, bebidas industrializadas e medicamentos. O sensor é elaborado a partir de um papel cromatográfico com nanopartículas de prata, o que garante uma mudança de cor em contato com diferentes concentrações do ácido.

O pesquisador do Laboratório Nacional Luz Síncroton, Mateus Borba, explica que o produto foi desenvolvido em parceria com o Laboratório Nacional de Nanotecnologia. O primeiro laboratório foi responsável pelo desenvolvimento das nanopartículas de prata, e o segundo, pelo sensor de papel.

Segundo Borba, o invento pode ajudar principalmente os produtores rurais. "A vitamina C é um dos principais nutrientes que temos em várias frutas, como por exemplo a laranja. E essa vitamina pode ser um indicativo de quando a laranja deve ser colhida. Hoje, o produtor rural teria de colher uma laranja e mandar pra um laboratório de análise, para, então, após uma semana, ter o resultado e saber quando fazer a colheita", conclui o pesquisador.

De acordo com a química Gabriela Furlan, do Laboratório Nacional de Nanotecnologia, o papel cromatográfico mede cerca de 1 cm e o dispositivo 0,5 cm, o que torna o medidor portátil, podendo ser levado facilmente para o campo. "Temos uma escala de cor onde é possível ver a concentração de vitamina C em forma de comparação", completa a especialista.

Os pesquisadores esclarecem ainda que não foram feitos estudos para utilizar o sensor em humanos. Contudo, eles esperam que isso venha a ser possível com o apoio de algum grande laboratório.

(com Rádio Nacional de Brasília)

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