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Estado de Minas GASTRÔ | EVENTO

Vem aí o Botecar de Verão

Festival que reúne os principais bares de BH ganha segunda edição no ano, em novembro, com 60 estabelecimentos


postado em 17/10/2016 15:30 / atualizado em 17/10/2016 15:36

Alcione Pidner, da Cervejaria Seu Romão, Nicola Vizioli, da Família Paulista, Márcia Soares, da Casa Velha Bar e Restaurante, Eliza Fonseca, do Bar da Lora, e Sebastião Lage, do Doca Medeiros celebram a nova iniciativa: 45 bares que participaram da edição do início do ano voltam a oferecer seus petiscos(foto: Pedro Nicoli/Encontro)
Alcione Pidner, da Cervejaria Seu Romão, Nicola Vizioli, da Família Paulista, Márcia Soares, da Casa Velha Bar e Restaurante, Eliza Fonseca, do Bar da Lora, e Sebastião Lage, do Doca Medeiros celebram a nova iniciativa: 45 bares que participaram da edição do início do ano voltam a oferecer seus petiscos (foto: Pedro Nicoli/Encontro)
Quando as temperaturas sobem é ainda melhor sair com a turma ou com a família, beber uma cerveja gelada e saborear um bom petisco. E se o preço ajudar fica perfeito. Por isso tudo, a primeira edição de um festival que reúne os mais tradicionais bares da capital mineira, em novembro, já chega com expectativa entre participantes e o público.

O Botecar de Verão - A Seletiva será entre 3 e 27 de novembro com aproximadamente 60 estabelecimentos. O evento trará um modelo "dois em um". Cerca de 45 botecos que participaram da edição regular do festival, ocorrida entre abril e maio, e estão selecionados para 2017 vão apresentar o mesmo petisco do início do ano (criado com o tema mineiridade), agora harmonizado com uma das três opções da cerveja Brahma Extra e a preço promocional fixo (ainda não definido pela organização). Os demais botecos participam de uma espécie de classificatória para o festival principal. Será como um "grupo de acesso", com 15 bares disputando cinco vagas para o evento do primeiro semestre do ano que vem. Para isso, eles vão apresentar seus petiscos tradicionais, já que o objetivo é mostrar aos botequeiros o potencial de cada lugar, e passarão por votação popular e de júri especializado.

"A ideia é promover os bares e movimentá-los em uma época em que quase não há festivais, além de trazer oportunidade para o público revisitar os petiscos a bom preço", diz o organizador Antônio Lúcio Martins. "Da mesma forma, é uma chance inovadora de as pessoas participarem da seleção dos botecos, deixando o evento mais democrático." Até então, os novos bares (sempre em torno de 10%, de um ano para outro) eram escolhidos pela produção, via indicação de donos de outros estabelecimentos ou do público, pelo site oficial, por exemplo. "A renovação dos participantes é natural e depende do ano, de fechamentos e mudanças de proposta", explica Antônio Lúcio.

Os sócios Felipe Faleiros, Valéria Profeta e Guilherme Lopes, do Bitaca Capetinga: bar é um dos 15 novatos que disputam a preferência do público para uma vaga na edição de 2017 (foto: Victor Schwaner/Encontro)
Os sócios Felipe Faleiros, Valéria Profeta e Guilherme Lopes, do Bitaca Capetinga: bar é um dos 15 novatos que disputam a preferência do público para uma vaga na edição de 2017 (foto: Victor Schwaner/Encontro)
Entre os novatos, ao menos três já estão definidos: Zé Pileque e A Butequeria, ambos no Buritis, bairro até então sem representantes no Botecar, além de Bitaca Capetinga, no Anchieta. "Estamos muito animados. Será interessante porque acredito que receberemos gente de fora do bairro e poderemos testar a força do nosso trabalho", diz uma das sócias da Bitaca Capetinga, Valéria Profeta. Formada em gastronomia, ela ainda não definiu seu petisco. "Nosso cardápio é variado e, por semana, colocamos ao menos quatro opções novas", diz. Entre os sucessos da casa, aberta há dois anos e com capacidade para 120 pessoas, estão o dadinho de tapioca com geleia de pimenta artesanal, a tilápia na farinha panko com molho de limão e o bolinho de arroz.

Os bares já consagrados pelo evento principal de 2016, por sua vez, também comemoram a visibilidade que esta segunda edição traz. Dono da Cervejaria Seu Romão, atual campeã do Botecar, Felipe Pidner vai aproveitar o período para apresentar outras novidades. "Estou reformando minha cozinha e vou inaugurar um parklet (área que funciona como uma extensão da calçada, com estrutura de convívio, montada onde eram vagas para carros)", diz ele, que conta com a mãe, Alcione Pidner, na administração do local. Caso a boa perspectiva se confirme, ele pretende contratar duas pessoas durante o evento. O petisco Despachadinho, costelinha defumada ao molho de jabuticaba acompanhada de cestinha de queijo (comestível) e bolinhos de batata-baroa recheados de muçarela, já é, hoje, o carro-chefe do bar.

À frente do Casa Velha Bar e Restaurante, que conseguiu o segundo lugar com um tira-gosto que leva couve recheada com angu de bacon, linguiça e taioba gratinada com queijo minas, torresmo de barriga a pururuca, farofa de limão e ovos de codorna, Márcia Soares também vê a proposta como algo positivo. "Há toda uma mobilização, os clientes ficam animados. Como novembro tem feriados, acho que o pessoal vai querer sair de casa mais, e o festival é uma motivação", afirma. Ela pretende incluir música ao vivo às sextas, durante o Botecar de Verão.

A empresária Eliza Fonseca, do Bar da Lora, acredita que iniciativas como essa são fundamentais em um ano economicamente instável. "Novembro não costuma ser um mês bom, e acho que o evento vai impulsionar as vendas. Nas redes sociais, as pessoas já estão comentando", diz ela, que conquistou o quinto lugar em 2016 com o petisco Bem Mineiro, purê de abóbora com almôndega acompanhado de torresmo de barriga e torradas temperadas.

Seja para experimentar um petisco campeão, provar algo que não deu tempo no evento do primeiro semestre, seja mesmo para relembrar um sabor a preço melhor ou escolher os botecos novatos, o evento é promessa de mais um mês para confraternização entre os mineiros.

(Fotos: Geraldo Goulart/Encontro)
(Fotos: Geraldo Goulart/Encontro)

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