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Estado de Minas BEM-ESTAR

Afinal, o óleo de coco faz bem para o corpo?

Estudo americano diz que esse óleo aumenta o colesterol ruim, mas especialista discorda


postado em 22/06/2017 10:46

Estudo feito pela Associação Americana do Coração mostra que o óleo de coco é rico em gordura saturada, o que contribui para o aumento do colesterol
Estudo feito pela Associação Americana do Coração mostra que o óleo de coco é rico em gordura saturada, o que contribui para o aumento do colesterol "ruim" (foto: Pexels)
Figura constante nas receitas fitness e nas dietas de muitas blogueiras, o óleo de coco pode não ser tão benéfico quanto se pensa. Estudo feito pela American Heart Association (Associação Americana do Coração) mostrou que os malefícios do ingrediente podem ser equiparados, por exemplo, aos da manteiga. A substância é composta por gordura saturada e, por isso, pode contribuir para o aumento do colesterol "ruim", segundo os pesquisadores.

O relatório mostra que 82% da gordura do óleo de coco é saturada. O percentual é maior que o da manteiga (63%), da gordura bovina (50%) e da banha de porco (39%). Os analistas disseram ainda que não há evidências confiáveis de que esse óleo seja realmente saudável.

A desconfiança em relação ao produto não é apenas dos norte-americanos. A Associação Brasileira de Nutrologia divulgou um posicionamento oficial questionando a eficácia do óleo de coco. Segundo a entidade, a substância contribui para o aumento do colesterol.

Em comunicado, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica também se posicionaram contra a utilização do óleo de coco com a finalidade de emagrecimento.

Contraponto

A nutricionista Angélica Melo não abomina o óleo de coco. Para ela, o produto deve ser indicado, desde que seja consumido de forma moderada. "O nível de saciedade que óleo de coco traz é muito benéfico. A gordura saturada não deve ser completamente abominada. Minha recomendação são duas colheres rasas de chá por dia", indica a especialista.

A nutricionista questiona, ainda, o estudo americano. "É complicado analisar única e exclusivamente o componente sem aplicar no corpo humano. É preciso observar a composição do óleo e a ação dele no organismo", defende Angélica Melo.

A especialista também não é contrária ao consumo moderado de manteiga, de banha de porco e azeite. A única restrição que ela faz é em relação ao óleo de cozinha. "Esse eu não indico de forma alguma", enfatiza Angélica.

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