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Estado de Minas GASTRÔ | NOVIDADE

Boteco Zé Trindade é reaberto na capital mineira

Além de reformar o restaurante Trindade, em Lourdes, chef Fred Trindade reabre o estabelecimento no São Bento, que estava há mais de uma década fechado. O boteco já se tornou destino certo de quem não resiste a um petisco feito no capricho


postado em 26/03/2018 14:38 / atualizado em 26/03/2018 15:45

Zé Trindade: receitas do Trindade com preços mais acessíveis(foto: Ronaldo Dolabella/Encontro)
Zé Trindade: receitas do Trindade com preços mais acessíveis (foto: Ronaldo Dolabella/Encontro)
O fogão voltou para o lugar. É assim que o chef Fred Trindade, de 40 anos, descreve como ficou seu restaurante, o Trindade, depois de reforma de pouco mais de 40 dias. "Fizemos uma obra em 2015, mas não tinha ficado do jeito que eu queria", explica Fred. "Voltei com o fogão para o lugar de origem, quando inaugurei a casa, em 2011. Está tudo perfeito." Além da remodelação da cozinha, a varanda, agora fechada, ganhou mais mesas. O bar também está de cara nova e, em breve, o restaurante inaugura uma área de eventos no segundo andar do antigo casarão de Lourdes. Com capacidade para 40 pessoas, esse será um espaço privativo, exclusivo para receber confrarias e pequenas reuniões.

Alterações aparecem também no cardápio, que ganhou uma seção de entradas. São quatro no total, entre elas o escondidinho de couve-flor defumado, ovo caipira moulet, lascas de bacalhau e taioba e o chorizo de angus serenado, mandioca frita, farinha de pequi e manteiga de garrafa (45 e 58 reais, respectivamente). Entre os principais, alguns clássicos permanecem firmes e fortes no cardápio. Estão lá o arroz de pato meloso (coxa de pato confitada e assada, servida sobre o arroz no caldo de pato, paio e especiarias – 75 reais) e o bacalhau Vera Cruz (lombo de bacalhau confitado no azeite, minilegumes orgânicos, ovo e migas – 89 reais). "Não faço comida brasileira, não sirvo feijoada nem moqueca", explica Fred. "O que fazemos aqui é valorizar os ingredientes e os pequenos produtores." No menu, inclusive, os clientes sabem a origem dos alimentos que estão comendo: a goiabada artesanal, por exemplo, vem de Ponte Nova, já o cordeiro premium é de Diamantina. "Tenho orgulho de dizer que fui um dos primeiros chefs da minha geração a fundar um restaurante valorizando os ingredientes locais e nacionais."

O chef Fred Trindade: planos de abrir mais endereços em BH, São Paulo e Portugal(foto: Adriano Ramos/Divulgação)
O chef Fred Trindade: planos de abrir mais endereços em BH, São Paulo e Portugal (foto: Adriano Ramos/Divulgação)
Foi de lá, do passado, que Fred também resgatou o Zé Trindade, bar fundado por ele em 2008, no Santo Antônio. "Eu fechei para abrir o restaurante", afirma. Uma década depois, o boteco está de volta e "pleníssimo", como dizem por aí. Pequenino e com mesas na calçada, já virou reduto dos apaixonados por uma boa gastronomia. Para beliscar, petiscos famosos do restaurante aparecem no cardápio do botequim: tem a coxinha de rabada, o torresmo de orelhinha de porco com maionese de pimenta caipira e a tulipinha, uma versão autoral do frango a passarinho. Os preços das porções variam de 26 a 34 reais. "No bar consigo tornar a comida do Trindade mais acessível. O Zé Trindade é democrático e despojado", garante. Entre uma cerveja e outra – as bebidas são da Backer –, se a fome apertar, vale pedir um tradicional pão com linguiça artesanal e chimichurri. O sanduba sai por 24 reais. Os arrozes famosos do Trindade também dão o ar da graça em quatro versões: com porco; polvo e camarão; pato; e bacalhau, com valores que vão de 36 a 65 reais.

Com pouco mais de dois meses de vida, o Zé Trindade já conquistou uma legião de fãs, tanto que Fred resolveu levá-lo para o recém-aberto Mercado da Boca, no Jardim Canadá. Mesmo com três casas abertas, ele ainda encontra tempo para criar. Sua próxima aposta é a coxinha de costelão gaúcho com maionese com chimarrão, que deve entrar em breve nos cardápios. "Eu fico mais no Trindade, mas tenho um chef executivo rodando as cozinhas para manter o padrão de qualidade em todos os estabelecimentos", diz. Com 65 funcionários e uma rotina acelerada, o chef está longe de ter dias tranquilos pela frente. Entre seus planos está fincar a bandeira do Trindade em São Paulo e em Portugal. Belo Horizonte também deve ganhar mais dois Zé Trindades por aí.

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