Os mineiros hão de concordar: melhor do que queijo e café, só os dois juntos. Devidamente harmonizados, então… não tem como ficar melhor. Para a alegria dos fãs da dupla, é justamente isso que o jornalista gastronômico Eduardo Tristão Girão, acompanhado de um barista convidado, ensinará em uma de suas oficinas no Festival do Queijo Minas Artesanal deste ano. O evento será nos dias 27 e 28 de julho na Serraria Souza Pinto, em Belo Horizonte.
Girão é especializado em queijos e já fez harmonizações com cervejas, vinhos, cachaças e drinques. Há mais ou menos dois anos, com a Academia do Café, começou a estudar combinações com cafés. "É muito prazeroso, mas é um pouco mais difícil porque a base de comparação e de referência ainda é pequena e nova", conta o jornalista. "De maneira geral, o que a gente leva para a mesa na hora de definir as harmonizações são esses conceitos de equilíbrio e prazer".
Ainda segundo Eduardo Tristão Girão, o sabor do queijo não pode predominar sobre o café e vice-versa. "Se a gente tem um queijo muito intenso, a gente não pode jamais ter um café suave demais".
Ainda segundo Eduardo Tristão Girão, o sabor do queijo não pode predominar sobre o café e vice-versa. "Se a gente tem um queijo muito intenso, a gente não pode jamais ter um café suave demais".
De acordo com o especialista, as harmonizações podem ser feitas por:
- Similaridade: Combinando queijos e cafés com características em comum. Por exemplo: um café que tenha um pouco mais de acidez pode ser harmonizado com um queijo que também tenha esse traço
- Contraste: Características opostas também podem ser um método de harmonização. Um café com notas adocicadas pode ser combinado com um queijo um pouco mais salgado
- Corte: Geralmente é feito com espumantes e cervejas mais ácidas. O gás e a acidez nos fazem salivar e consequentemente “lavam” a nossa boca, “cortando”, assim, alguma característica mais forte da comida
- Cultura: Cafés frutados, por exemplo, podem ser harmonizados com queijos, fazendo uma referência ao hábito de comer queijos com doces e geleias de frutas.
Mas "nem tudo é regra indiscutível", diz Girão. "Tem que ser provado no caso a caso". A seguir, estão algumas harmonizações já testadas e aprovadas pelo jornalista:
Queijo de Alagoa + Café Icatu
O queijo artesanal Alagoa, da cidade mineira de mesmo nome, é maturado por cerca de quatro a seis meses e é semelhante ao parmesão. Por ser mais salgado, picante e potente, encontrou equilíbrio nesse café da Fazenda Esperança que tem um pouco mais de corpo e doçura.
Queijo Taroco Café Cana 48 horas
Esse café, também da Fazenda Esperança, é mais aveludado e encorpado. Ao combiná-lo com esse queijo minas artesanal da microrregião do Campo das Vertentes, os especialistas observaram que a acidez do café foi positivamente evidenciada.
Queijo Luana Café Honey
A combinação desse queijo minas artesanal de Monte Carmelo, na microrregião do triângulo mineiro, com esse café, mais uma vez da Fazenda Esperança, produziu um terceiro sabor amanteigado – inexistente tanto no queijo quanto no café.
Festival do Queijo Minas Artesanal 2019
Data e horário: 27 de julho (sábado), das 10h às 22h; 28 de julho (domingo), das 10h às 20h; Oficina de harmonização de queijos e cafés artesanais mineiros: 28 de julho (domingo), às 11h
Data e horário: 27 de julho (sábado), das 10h às 22h; 28 de julho (domingo), das 10h às 20h; Oficina de harmonização de queijos e cafés artesanais mineiros: 28 de julho (domingo), às 11h
Endereço: Serraria Souza Pinto - Av. Assis Chateaubriand, 809, Centro, Belo Horizonte
Ingressos: www.sympla.com.br/festivalqma
Outras informações: www.festivalqma.com.br