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Estado de Minas

O frio fica lá fora


postado em 06/07/2011 14:32

Cristina Dinotte adotou no aquecimento a gás: “Prezo muito meu conforto e o que há de mais moderno
Cristina Dinotte adotou no aquecimento a gás: “Prezo muito meu conforto e o que há de mais moderno" (foto: Maíra Vieira e Eugênio Gurgel)

Os termômetros registram baixas temperaturas, trazendo o desconforto para dentro de casa. A boa notícia é que os incômodos da estação podem ser convertidos em bem-estar por meio de algumas opções de aquecimento que incluem desde ar condicionado com ciclo reverso (frio e quente), sistema de aquecimento central e aquecedor calorama, até recursos mais sofisticados, como piso radiante (muito usado na Europa) e radiador de parede. A maioria deles é adaptável a todas as fontes energéticas: solar, gás, elétrica, óleo.

 

O calorama a gás, por exemplo, é um aquecedor de ambientes que é fixado na parede e conectado à rede de gás. Adequado para quartos, salas, banheiros e demais dependências de casas e apartamentos, pode ser usado também para setorizar o aquecimento em caso de grandes áreas. De acordo com Ricardo Pedrosa Gerçossimo, da Beling Aquecedor Solar, “a instalação é simples. A única coisa é que vai gastar gás para aquecer o ambiente, aproximadamente meio quilo por hora”, explica o engenheiro, cuja empresa trabalha tanto com o sistema de aquecimento solar como com o a gás.

 

O advogado Salomão Cateb optou por este tipo de aquecimento em sua residência no Belvedere e não tem do que reclamar: “Foi um bom negócio que fiz. Aquece bem e tem a vantagem de preço menor em comparação com o custo da energia elétrica”. Nos dias mais frios, a família Ceteb, que liga o calorama entre 18h30 e 21h, já computou quanto gasta com o gás: “Um botijão dura em média dois meses”, conta o advogado.

 

Na casa de Carmem e Ronald Durchfort, no Retiro das Pedras, o aquecimento central garante conforto: o custo não é alto e não resseca o ar
 

 

Segundo Viviane e Victor Palacios, da RTC Aquecimento de Ambientes, o calorama requer 12 horas para instalação e é colocado em locais estratégicos para melhor aproveitamento da energia e distribuição do calor de forma homogênea.

 

O piso radiante é o que apresenta melhor resultado em termos de aquecimento, nas versões elétrico e hidráulico. Conforme explica o engenheiro Rony Rossi, da Efatá Projetos e Soluções Integradas, que trabalha com os dois modelos, o ideal é que o sistema elétrico seja instalado em áreas menores, por causa do custo. “A potência elétrica é de 100 a 150 watts por metro quadrado. Se for colocado em uma área de 10 metros quadrados, sobe para 1.500, e numa de 100 metros quadrados, para 10 mil watts”, explica. O piso radiante elétrico proporciona maior conforto térmico, pois o aquecimento é gradual e uniforme. Como não movimenta o ar, é perfeito para quem tem alergia.

 

O melhor desempenho deste equipamento ocorre quando instalado sob pisos frios como cerâmica, granito ou mármore. “O ideal é prever a instalação no projeto arquitetônico”, diz Geraldo Eustáquio Lages, da Casa dos Aquecedores. Da mesma forma, o hidráulico precisa ser instalado na fase de construção ou reforma na qual implique refazer o piso. “O piso radiante a água é utilizado em cerca de 50% de todas as residências novas da Europa”, afirma Ellen Villar, gerente da Bom Calor.

 

Geraldo Eustáquio Lages, especialista: "O melhor desempenho de pisos elétricos ou hidráulicos é
sob cerâmica, granito ou mármore"
 

 

A casa de 600 metros quadrados da empresária Cristina Dinotte fica no condomínio Morro do Chapéu, em Nova Lima, e foi projetada pela arquiteta Ângela Roldão. O piso é todo em mármore nas salas, granito na cozinha, e em madeira nos quartos. E, para completar, há um lago bem na entrada. “Meu marido e eu íamos optar pela calefação elétrica, mas depois de muitas pesquisas chegamos à conclusão de que resseca muito o ar,” conta Cristina.

 

Para se livrar do desconforto do frio exagerado, o casal resolveu colocar piso hidráulico a gás em toda a extensão da casa. “Eu não abria mão do mármore e prezo muito meu conforto e o que há de mais moderno. O único inconveniente é que, para o piso aquecer, é preciso esperar entre 30 e 40 minutos”, diz.

 

O radiador de paredes funciona com energia elétrica ou água quente. As versões em energia elétrica não queimam oxigênio, possuem termostato para controle da temperatura e se integram bem ao ambiente. Já os hidráulicos são estrategicamente instalados nas paredes dos cômodos e interligados por tubulações (especialmente realizadas para o sistema) conectadas a uma caldeira que gera a água quente que passa por elas.

 

“Atualmente, os radiadores que utilizamos são os italianos, de desenho moderno. São mais fáceis para se integrar à decoração da casa”, explica Viviane Palacios. Mas há quem não aprove este sistema que exala ar quente da parede. Segundo Lages, o aquecimento feito pela parede é ineficaz, uma vez que o calor fica mais próximo do teto. “O importante é aquecer a parte mais baixa (ou seja, piso) para atingir os locais onde ficam as pessoas”, exemplifica. Rony Rossi endossa: “Os pés quentes é que dão a sensação de conforto térmico ao nosso corpo. É como dizem os espanhóis: pés quentes, cabeça fria”.

 

 

 

É bom lembrar que a energia solar é a fonte mais pura de energia, portanto, ecologicamente correta. Só se gasta no investimento do equipamento. "É um investimento inicial mais elevado, que demanda espaços físicos maiores, mas o retorno do investimento é garantido porque a energia solar é gratuita e inesgotável”, atesta Ricardo Gerçossimo.

 

Já o aparelho de ar condicionado com ciclo reverso, sistema mais conhecido e utilizado, atua como um trocador de calor. Na função quente, joga calor para o ar do ambiente e bombeia o ar frio para fora. Na casa da psicóloga Carmem e do empresário Ronald Durchfort a opção pelo sistema de aquecimento central de ar nos quartos deu bons resultados: “Não há inconvenientes. O sistema é compartimentado, ou seja, pode ser acionado somente no ambiente que se deseja, o custo não é alto, a manutenção é anual, depois de 15, 20 minutos já se consegue a temperatura ideal e não resseca o ar porque não fica ligado em tempo integral”, avalia Carmem. Na sala de estar, ela optou por um aquecedor a gás. Já na área de assento, na parte externa da casa, que fica no Retiro das Pedras, a solução encontrada foi o fire pit, um poço que irradia fogo do chão.

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