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Estado de Minas

Pele de pêssego


postado em 09/12/2011 11:50

Juliana Chiari diz que não abandona a hidratação adequada, mesmo fazendo outros tratamentos(foto: Eugênio Gurgel)
Juliana Chiari diz que não abandona a hidratação adequada, mesmo fazendo outros tratamentos (foto: Eugênio Gurgel)

Antenadas com as novidades do universo dermocosmético, as mulheres correram atrás de produtos (especialmente os ácidos) que têm feito verdadeiros milagres ao combater rugas e manchas. A corrida pelo pote milagroso da vez pode desviar a atenção de um hábito antigo e nem por isso ultrapassado: a hidratação da pele do rosto. Você se lembra que nossas avós ensinavam a aplicação de azeite de oliva no rosto? Será que ainda há alguma sabedoria nisso? A verdade é que os diversos tipos de pele apresentam necessidades diferentes e a indústria cosmética já tratou de preencher todas as lacunas existentes. Atualmente, um creme não é só um creme; ele pode apresentar-se em forma de gel, sérum, musse, água e emulsões fluidas.

 

De acordo com a dermatologista Adriana Biagioni, a pele normal, que é mais equilibrada, deve ser hidratada com moderação, utilizando hidratantes leves, como as emulsões, loções fluidas e séruns. Para a oleosa é preciso estar atento ao veículo, sendo mais apropriados o gel, gel-creme, sérum, loção aquosa livre de álcool e emulsão fluida, podendo haver na formulação substâncias que reduzam o sebo da superfície. “A oleosidade (excesso de sebo) e hidratação (água) são aspectos diferentes, a pele pode ser oleosa e estar desidratada”, explica a médica da Clínica da Pele. O tipo seco, por sua vez, precisa de aplicações mais frequentes de hidratante, e a mista se beneficia daqueles de textura leve. Para todos os tipos há uma dica geral: dar preferência aos cremes mais leves pela manhã e aos emolientes mais pesados e tratamentos antissinais e antimanchas à noite.

 

 
 

Juliana Chiari sempre cuidou da pele, mas sentiu a importância da hidratação correta depois que começou a fazer tratamentos prolongados para se ver livre das manchas. “Hoje, não erro mais. Não abandono a hidratação adequada, mesmo fazendo outros tratamentos”, conta a economista, que vive correndo contra o tempo e prefere os produtos multifuncionais.

 

Além de verificar os hábitos de cada pessoa, o tipo de pele e o clima, a dermatologista indica ingestão de água e líquidos. “Em ambientes frios e muitos secos a perda de água é maior e favorece a desidratação da pele”, diz a dermatologista. Outro pulo do gato, segundo ela, é saber bem quais os ativos mais potentes que devemos procurar nas letras pequenas das formulações dos produtos. A vitamina C é um deles, assim como o ácido hialurônico (este não provoca descamação e é poderoso por reter as moléculas de água na pele).

 

Quem entende disso é o cosmetólogo paulista Paschoal Rosseti Filho. Em Belo Horizonte para abrir a quinta filial de um dos institutos da Mezzo Dermocosméticos, ele deu palestras para contar as descobertas com ativos capazes de penetrar nos canais de hidratação profunda da pele, como novas associações do potássio com os ácidos graxos da oliva. “Os cristais da oliva possuem alta compatibilidade com os ácidos graxos do meio extracelular; desta forma, reforçam o filme hidrolipídico, evitando a perda de água transepidernal”, explica o pesquisador.

 

Em bom português, significa que nossas vovós já tinham descoberto parte do segredo de beleza há décadas, mas ninguém vai reclamar da santa ajuda da tecnologia.

 

 

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