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Estado de Minas

Mais lições, menos conquistas


postado em 11/01/2012 11:19

Cena do último jogo do ano entre Cruzeiro e Atlético, pelo Campeonato Brasileiro(foto: Jorge Gontijo/EM/DA Press)
Cena do último jogo do ano entre Cruzeiro e Atlético, pelo Campeonato Brasileiro (foto: Jorge Gontijo/EM/DA Press)

A distância entre a expectativa criada pelos clubes belo-horizontinos para 2011 e a realidade no fim da temporada foi abismal. No início, a capital mineira comemorava a presença de seus três times na Série A do Campeonato Brasileiro e projetava um novo panorama para seu futebol no cenário nacional. Doze meses se passaram, 380 jogos aconteceram no Brasileirão, e a tabela da competição mostrou um duro quadro.

 

América, Atlético e Cruzeiro lutaram até o fim para não serem rebaixados à segunda divisão. Destes, apenas o Coelho caiu, mas Galo e Raposa deixaram feridas que precisam ser curadas para 2012. Depois de um primeiro turno apático, em que conquistou apenas 15 pontos (26,3% dos disputados), o Atlético reagiu no segundo, somou mais 30 pontos e conseguiu se safar do rebaixamento. No entanto, o último jogo deixou uma péssima impressão.

 

A goleada por 6 a 1 para o Cruzeiro – a maior sofrida pelo Atlético nos clássicos – abalou um clube que parecia já ter encontrado o caminho para 2012. “Precisamos tomar isso como lição. A torcida foi nos pressionar depois na porta do CT. Vamos ter de mudar muita coisa na montagem e na gestão do time”, comentou o técnico Cuca.

 

Essa goleada também mexe com a vida política do clube, que elege seu novo presidente em 15 de dezembro. Alexandre Kalil é candidato à reeleição e tem como concorrentes Irmar Ferreira e Frederico Couto.

 

O Cruzeiro, pela primeira vez desde 2003, ficou atrás do Atlético na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro. Com 43 pontos, o time ficou a dois da zona de rebaixamento e se salvou graças à vitória no clássico. A felicidade pelo resultado histórico também trouxe a confiança para 2012. Gilvan de Pinho Tavares, eleito presidente do Cruzeiro em outubro e que assumirá em janeiro, já confirmou o técnico Vágner Mancini e também manteve Dimas Fonseca como diretor de futebol do clube.

 

O senador Zezé Perrella, que apoiou Gilvan, deixa o cargo, mas não a vida política do Cruzeiro. “A contribuição maior que posso dar é a experiência que adquiri de contatos com grupos de investidores, a credibilidade que o Cruzeiro adquiriu. Já vou começar desde agora; vou buscar investidores para que a gente possa reforçar o time no ano que vem”, disse Perrella.

 

O grande objetivo de Gilvan é retomar o caminho de conquistas. Em 2011, o Cruzeiro foi campeão mineiro, mas caiu precocemente na Copa Libertadores da América, eliminado pelo Once Caldas, da Colômbia, em plena Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.

 

Já o América, apesar do rebaixamento, sai fortalecido da Série A do Campeonato Brasileiro. A reta final do torneio, em que derrotou Corinthians e Fluminense, empolgou a diretoria, que já projeta o retorno em 2012, ano do centenário do time. “Não é demérito nenhum disputar a Série B. O América vai disputá-la com dignidade em seu centenário, para voltar logo”, destacou Francisco Santiago, um dos membros do conselho de administração do América.

 

 
 

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