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Estado de Minas

A bicharada espanta o frio


postado em 14/06/2012 12:55

Sempre na moda, o yorkshire Juquinha tem um vasto  guarda-roupa(foto: Geraldo Goulart)
Sempre na moda, o yorkshire Juquinha tem um vasto guarda-roupa (foto: Geraldo Goulart)

O inverno está chegando, e para aquecer o seu bichinho de estimação, o mercado pet já exibe algumas charmosas opções. A principal delas é o bom senso: nada de exageros, pois agasalhar em excesso os animais pode fazer tão mal quanto o frio. Depois, vem a moda. Para os pet boys, as tendências são o blusão de malha com capuz, as jaquetas flaneladas e o suéter de lã com forro de malha, próprios para os dias mais frios. Se a temperatura ficar amena, vale conferir as camisetas soft confeccionadas em malhas bem quentinhas e as sofisticadas camisas xadrez. As capinhas chegam com força total na coleção outono/inverno, em material sintético, acolchoadas e com dupla face, dando um visual fashion à bicharada, além de proporcionar mais mobilidade para correr e brincar.

 

A economista Maria Isabel Junqueira apostou na tendência. “No frio, tento agasalhar o Guga, meu maltês de 6 anos, com uma capinha em tecido plush, que é macia. À noite o cobrimos com uma cobertinha de pelúcia. Mas não exagero, para que ele não sinta calor”, diz. As pet girls também arrasam com sofisticados looks de inverno que vão desde as blusas de lã em gola rolê e delicados bolerinhos aos casacos de pelúcia sintética e matelassê com forro de cetim.

 

Maria Isabel evita exageros com o maltês Guga: “Comprei uma capinha"
 
A shih tzu Maria Clara é  vaidosa: “Ela adora roupas", diz Laura Bittencourt
 

 

Elas são perfeitas para pequerruchas que, como Maria Clara, shih tzu de 7 anos, adoram incrementar o visual. “Ela é vaidosa e gosta de acessórios. Mas compramos as peças observando sempre o clima da estação”, afirma a assistente social Laura Souto Bittencourt. Outro que não fica atrás quando o assunto é andar na moda é o yorkshire Juquinha, de 8 anos, que tem um belo guarda-roupa. “Ele só sai bem vestido e ama entrar em uma roupinha nova. Até já estreou uns modelitos para o inverno”, conta a publicitária Daniela César.

 

Com a chegada do frio, pet shops como a Pet Dog Dog tiveram suas vendas aumentadas em 30%. “Os proprietários investem em produtos que vão de R$ 70 a R$ 250. Temos uma grande procura por roupas, edredons, cobertores, capas de chuva e cabanas fechadas”, afirma a empresária Fernanda Scarpelli. No entanto, os veterinários fazem um alerta antes de agasalhar os animais. “É muito importante observar o limite dos bichos. Eles não podem ficar sufocados pelo excesso de roupas. Ao contrário de ajudá-los, pode causar grande desconforto”, alerta a veterinária Maristela Pimentel, da Clínica Veterinária São Geraldo. Os sapatinhos prejudicam o tato e podem provocar problemas nas articulações. Bichanos vestidos, nem pensar. As roupas os impedem de fazer o que mais gostam: se lamber.

 

Por isso é fundamental observar se os pets estão seguindo esta linha. A advogada aposentada Lúcia Ferraz segue à risca o conselho. Tanto que Bartolomeu, um shih tzu de 10 anos, e seu filhote, Frodo, de 6 anos, raramente usam roupas. “Não tenho o hábito de mantê-los vestidos, porque gosto que fiquem mais à vontade. Mas neste inverno achei necessário comprar algumas peças para protegê-los”, conta Lúcia.

 

A advogada Lúcia Ferraz aquece seus dois shih tzu com cautela: “ Em tempo de calor, gosto que o Bartolomeu e o Frodo fiquem bem à vontade. Mas, no frio, compro algumas roupinhas”
 
Tayla e Guga deixam Rosimeiri preocupada: “Trato logo de protegê-las”
 

 

Conhecer as características de cada raça também faz a diferença. Cães peludos dispensam o uso de muitas roupas, pois sentem calor naturalmente. Cachorro obeso dispensa agasalhos (são aquecidos pela própria gordura do corpo).  Obrigá-los a usar roupa de frio pode levar à hipertermia (aumento da temperatura corporal). As raças de pouco ou nenhum pelo são mais friorentas, o que não significa que devam circular por aí “empacotadas”. A veterinária Andressa de Marco, da Clínica Veterinária Professor Israel, tem a saída para evitar exageros. “Roupa e frio, sem hipertermia. Roupa e calor, com hipertermia”, orienta. A dona de casa Rosimeiri Clemente Gonçalves sempre busca o equilíbrio com Tayla, rottweiler de 7 anos, e Guga, buldogue de 9 anos. “Se percebo que estão encolhidas, busco as roupinhas, e vejo que elas ficam mais à vontade”.

 

Para ter certeza se os pets estão com frio, o segredo é observá-los. Cão com orelhas e patas frias e ataque de tremedeira precisa ser aquecido. Mas sem prejudicar os movimentos. E se não aceitarem ser vestidos, não insista. Compense-os com uma caminha quentinha. Além disso, fique alerta. Tecidos sintéticos e de lã  tendem a provocar alergias. “A qualquer sintoma de coceira ou dermatite, suspenda o uso das roupas e dê preferência a tecidos de algodão e malha”, diz Adriane Pimenta da Costa Val Bicalho, professora da Escola de Veterinária da UFMG. Afinal, nesta e nas outras estações, o importante é garantir o conforto e a saúde do seu bichinho de estimação.

 

 
 
 
 

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