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Estado de Minas CULTURA

As cores do Brasil

Artista mineira retrata a flora e fauna do país numa verdadeira explosão colorida em suas telas. Agora, seu trabalho está prestes a ganhar o mundo


postado em 17/06/2013 16:29

O talento é inegável. “Eu sempre desenhei”, diz a pintora Solange Raso  sobre o começo de sua dedicação à arte. Mas a artista levou tempo para assumir sua verdadeira vocação. Quem vê as várias telas e técnicas diferentes executadas por Solange nunca poderia imaginar, mas sua primeira formação profissional é a matemática. Após trabalhar por anos como professora, Solange viu a oportunidade de se reinventar quando a escola em que trabalhava fechou. As portas estavam abertas para seguir o que sempre amou: a arte. Tornou-se aluna da Escola Guignard (Universidade Estadual de Minas Gerais). Desde então, nos últimos 23 anos,  ela se dedica exclusivamente a suas telas e murais.

A artista passou por várias fases. No início da década de 2000, as telas eram em tons ocres. Foram mais de 50 paisagens do litoral brasileiro pintadas com espátula.  Em seguida, veio a “fase Portinari”, em que fazia pinturas em tons de azul, inspiradas na obra do pintor brasileiro. Após o amadurecimento das fases de uma só cor, os atuais trabalhos de Solange são uma explosão de verde, amarelo, rosa e outras cores que saltam aos olhos.

Fauna e flora brasileira são os principais assuntos dos novos quadros da artista da série intitulada Brasil InVisível – formas inusitadas, cores impressionantes. Envolvida em um projeto que vai apresentar artistas brasileiros no exterior, Solange faz parte da lista de 19 novos talentos que terão suas obras fotografadas e histórias reunidas em um livro, que será distribuído para galerias de arte na América Latina, Europa e  EUA. Serão mil exemplares e cada participante terá 10 páginas dedicadas à apresentação de seu trabalho. Desde fevereiro, ela trabalha em uma série de oito telas para este projeto, que deverá ser lançado em setembro próximo. Três delas já estão vendidas.

“Esse livro é como um cartão de visita dos artistas para as galerias conhecerem o que vai estourar no mercado nacional. É preciso fazer um resgate da pintura no Brasil, pois ainda há muitos talentos a serem descobertos”, explica  o curador do livro, Glauco Moraes.
Solange Raso está na segunda fase das obras de fauna e flora brasileira. Há 10 anos ela pintou as primeiras telas de paisagens amazônicas e parou, mas após vários elogios de seus professores – como Yara Tupinambá –, decidiu revistar a fase.  Os quadros mostram os animais em planos fechados, com riqueza de detalhes. “Só acabo uma pintura quando ela saiu vendida do ateliê. Do contrário, sempre encontro algo para melhorar na tela”, diz.

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